A área consumida pelo fogo era de ‘ambiente rural’, que "são áreas de proteção complementar na área envolvente às aldeias, onde o homem exerce a sua atividade", explica à Lusa a diretora regional do Norte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Sandra Sarmento. Durante o incêndio, arderamáreas agrícolas, algumas áreas destinadas ao pastoreio, áreas de mato e ainda pequenos núcleos de carvalhais, galerias retículas e bosques ribeirinhos, acrescenta a responsável.
Sandra Sarmento revela ainda a preocupação do ICNF em relação a estas áreas "muito importantes", uma vez que servem de habitat e de refúgio de animais selvagens.“Trata-se, naturalmente, de uma grande preocupação para o ICNF. Durante estes dias, tivemos as nossas equipas do corpo nacional de agentes florestais, os sapadores florestais, bem como toda a força, empenhadas no apoio ao combate ao incêndio, e agora também naquilo que foi a consolidação do rescaldo”, refere.Neste momento, encontram-se no terreno equipas na vigilância pós-incêndio e, nos próximos dias, vão ser realizadas várias intervenções, nomeadamente a “estabilização de emergência”.“Logo que concluídas estas intervenções de estabilização de emergência, vamos fazer uma avaliação para, naturalmente, começarmos a pensar no restauro de algumas áreas ardidas”, indica a diretora regional do Norte do ICNF. Este restauro vai incluir, em alguns casos, uma articulação com proprietários dos terrenos, já que "boa parte das áreas ardidas eram campos agrícolas, próximos de populações, e, portanto, áreas privadas”.
O incêndio na freguesia do Lindoso deflagrou há uma semana, no lugar de Cidadelhe, e chegou a obrigar à retirada de moradores de algumas aldeias.O fogo foi “controlado” na sexta-feira, pelas 23h00, segundo o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho.
Autor: Redação/Lusa