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Guimarães ultima nova candidatura para ser Capital Verde Europeia

Guimarães ultima nova candidatura para ser Capital Verde Europeia
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Publicado em 10 de fevereiro de 2023, às 10:44

O formulário sofreu grandes alterações, é mais exigente, mas tudo tem de estar pronto e ser entregue até final do mês de abril.

A cidade eleita para ser a Capital Verde Europeia (CVE) em 2025 vai ficar a conhecer-se a 4 de outubro de 2023, revelou, ontem, Isabel Loureiro, coordenadora da Estrutura de Missão Guimarães 2030, estrutura responsável pela elaboração da próxima candidatura vimaranense a CVE. Na apresentação feita ao executivo municipal, a responsável adiantou, ainda, que os critérios de seleção foram reduzidos e que o processo tem de ser entregue até 30 de abril.

Logo depois de ter sido a quinta classificada entre as 12 cidades que se candidataram em 2020 ao título de Capital Verde Europeia, Guimarães começou a trabalhar em nova candidatura com base nos relatórios de avaliação e critérios de seleção. Porém, o formulário de candidatura «sofreu grandes alterações» e os critérios de seleção diminuiram ou, melhor, «as categorias que desapareceram estão incorporadas nalguns dos outros temas», explicou Isabel Loureiro, acrescentando que nenhum trabalho feito se perdeu.

«Continuamos a trabalhar a grande velocidade, com um grupo muito grande e na tentativa de todo o processo ser efetivamente empoderador. A equipa de redação que está a escrever a candidatura tem uma forte componente de técnicos da Câmara Municipal, (...) com a consciência que a candidatura é mais exigente porque é mais técnica e onde há menos lugar aos devaneios, a algum ‘blá, blá’ ou plano de intenções. É hoje e o que estamos a fazer hoje em relação aos indicadores que estão em causa», resumiu e apontou, no final da reunião do executivo, a vereadora Adelina Paula Pinto, também presidente do Laboratório da Paisagem, a estrutura que coordena todo o processo.

Recorde-se que na candidatura de Guimarães em 2020, a avaliação revelou que a cidade tinha feito uma boa adaptação às alterações climáticas, valorizava a natureza e biodiversidade e tinha bom desempenho energético. Porém, apresentava fragilidades no que respeitava ao uso sustentado dos solos e à gestão da água, pelo que a atual candidatura a CVE tem que ser mais forte nestes e noutros indicadores. Os sete critérios de avaliação e seleção são agora o ar; os resíduos e a economia circular; o ruído; a natureza e biodiversidade, áreas verdes e uso sustentável do solo; água; mitigação e performance energética; e a adaptação. Depois da primeira avaliação, as cidades finalistas para a CVE 2025 deverão ser conhecidos em junho.

«Continuamos a achar que Guimarães pode ser uma forte candidata, tendo em conta o número de habitantes, o trabalho feito e poder ser cidade inspiradora de outras cidades, tudo vai depender de quem vai a jogo, que não sabemos. Agora, estamos lançados para ter até 30 de abril uma candidatura muito bem feita», concluiu Adelina Pinto.

O vereador e líder do PSD, Ricardo Araújo, declarou «compromisso total» com a candidatura de Guimarães a CVE 2025 e o presidente do Município, Domingos Bragança, expressou «gratidão» pela união política.


Autor: Rui de Lemos