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Greve dos funcionários judiciais encerra diversos tribunais no país

Greve dos funcionários judiciais encerra diversos tribunais no país
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Publicado em 29 de junho de 2018, às 11:26

Tribunais em Viana do Castelo, Barcelos e Esposende encontram-se encerrados, segundo o Sindicato dos Funcionários Judiciais.

O primeiro de três dias de greve dos funcionários judiciais por causa da revisão estatutária, aposentação e contagem do tempo de carreira registou "grande adesão" e encerrou diversos tribunais, disse hoje o presidente do maior sindicato do setor.

Fernando Jorge, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), referiu à Lusa que a greve teve uma "grande adesão" devido ao descontentamento da classe relativamente à falta de resposta do Governo em resolver aquelas reivindicações, tendo no Norte encerrado tribunais em Viana do Castelo, Barcelos e Esposende.

Também em Famalicão, onde trabalham cerca de 70 funcionários, apenas dois se apresentaram ao serviço, o mesmo acontecendo no tribunal de Santo Tirso, onde só três funcionários não fizeram greve, indicou o dirigente sindical.

No sul, Beja e Serpa a greve provocou igualmente o encerramento dos tribunais.

Uma outra fonte adiantou à Lusa que o tribunal de S. João Novo (a instância central criminal da comarca do Porto) não está a realizar quaisquer julgamentos devido à greve.

Fernando Jorge entende que a grande adesão à greve deve levar o Ministério da Justiça a refletir sobre o descontentamento que grassa nesta profissão judiciária e defendeu que é altura de desbloquear os entraves colocados pelo Ministério das Finanças.

Segundo o presidente do SFJ, outro sinal de desagrado prende-se com a falta de pessoal, havendo, neste momento, um défice de mais de 1.000 funcionários.

Quando o período de greve terminar, o sindicato tenciona pedir uma reunião ao Ministério da Justiça para discutir as questões levantadas pelos grevistas.

A greve em curso foi inicialmente convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), tendo-se depois o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) associado à paralisação.

O SOJ justifica a greve por “continuar a não existir qualquer resposta, por parte do Governo, no sentido de garantir a realização de processos negociais, nomeadamente quanto à contagem do tempo de congelamento da carreira, regime de aposentação e revisão estatutária”.

“A falta de resposta do Governo, mesmo perante soluções apresentadas, leva a que os Oficiais de justiça tenham de continuar a lutar”, refere o Sindicato dos Oficiais de Justiça.


Autor: Lusa