“Para montar todo o cenário da Galaicofolia, as intervenções teriam de iniciar-se amanhã (13 de julho). Como não é permitida a realização das tarefas inerentes a este tipo de eventos, não estão reunidas as condições para concretizar o evento”, refere o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira. Apesar de lamentar “os transtornos causados por esta decisão", o autarca defende que "a segurança deverá ser sempre a nossa prioridade”.
A Galaicofolia, que consiste na recriação do “modus vivendi” de uma aldeia galaica de há dois mil anos, não se realizou nos últimos dois anos, devido à pandemia de Covid-19. O evento iria regressa este ano,entre os dias 21 e 24 de julho, num espaço florestal no Castro de S. Lourenço, na freguesia de Vila Chã. O cancelamento foi decidido em reunião daComissão Municipal de Proteção Civil de Esposende, na qual o coordenador do Gabinete Municipal de Proteção Civil, Júlio Melo, apresentou as previsões meteorológicas “preocupantes” para os próximos dias, com um baixo índice de humidade e temperaturas elevadas. Aespecificidade do espaço foi o principal fator que levou à decisão, apesar de o comandante do destacamento de Esposende da GNR e os representantes das corporações de bombeiros terem manifestado disponibilidade para “reforçar os efetivos”. Face às previsões de altas temperaturas, o município avançou ainda com um plano de proteção às populações, com uma equipa de vigilância móvel que vai reforçar ações de patrulhamento e vigilância nas zonas florestais, ativação da área de apoio logístico para as forças de socorro e colocação em pré-alerta de meios do município, nomeadamente equipa de apoio logístico e máquinas retroescavadoras.Às juntas de freguesia foi solicitado o levantamento dos meios existentes, nomeadamente cisternas e tratores privados, além da criação de uma bolsa local de voluntários para apoio nas ações de rescaldo em incêndios rurais.Autor: Redação/Lusa