Empresas de bandeira de Vila Nova de Famalicão integraram o primeiro workshop do projeto de investigação Indústria 2030 – Made by Portugal (i2030).
A relevância da iniciativa fica patente com a presença de altos responsáveis da Leica, TMG, Amob, Olbo&Mehler, Injex, Celoplás, Vishay, Roq e Caixiave no encontro do passado dia 20, no Gabinete de Apoio ao Empreendedor do Famalicão Made IN, e que contou ainda com a participação de Paulo Cunha.
O presidente da Câmara não escondeu a sua satisfação pelo facto de Famalicão ter sido escolhido para ser um dos palcos destas jornadas.
«De facto, Famalicão é um concelho com uma marca industrial muito forte porque tem uma história muito associada à indústria. Felizmente, o nosso presente e o nosso futuro estão também muito identificados com essa presença industrial. Temos muitos e bons exemplos de indústria, algumas multinacionais de capital estrangeiro, mas outras empresas locais com muitos anos e pujantes», frisou.
O projeto i2030, ao qual o Município de Famalicão recentemente aderiu, é uma iniciativa do ISEG – Universidade de Lisboa e da Universidade Católica, em parceria com a Ordem dos Economistas e com protocolo do Ministério da Economia, visando avaliar os atuais desafios que se colocam à indústria portuguesa.
Uma vez que não existem em Portugal estudos ou projetos atualizados sobre o impacto da globalização nas operações de fabrico industrial, pretende-se perceber que atividades da cadeia de valor as empresas operam em Portugal e no estrangeiro.
Manuel Laranja, do ISEG – Universidade de Lisboa, e Francisco Lemos, da Universidade Católica, ambos presentes no workshop, esperam que através do i2030 se consiga encontrar respostas «que permitam não só melhorar a competitividade do tecido empresarial, mas também suportar a elaboração de políticas públicas mais eficientes de apoio às empresas internacionalizadas e exportadoras».
Manuel Laranja foi claro ao afirmar que «Famalicão, pela sua estrutura industrial e localização geográfica, reveste-se de especial interesse para o projeto i2030». Já Francisco Lemos admitiu que a passagem por Famalicão visou «mais do que trazer, buscar contributos».
«A Câmara está completamente disponível para colaborar neste projeto para permitir que seja bem-sucedido. Sabemos que o nosso território poderá ganhar muito com as reflexões que vierem a ser produzidas», concluiu Paulo Cunha.
Autor: Rui de Lemos