Segundo uma nota da Procuradoria Geral Distrital do Porto, Vasques Branco, advogado de profissão, foi ainda condenado "a 100 dias de multa, à razão diária de 20 euros, num total de 2.000 euros".Na nota, a procuradora adiantou que o ex-autarca "foi ainda condenado a pagar ao Estado a quantia de 55.350 euros, correspondente à vantagem criminosa obtida com a prática do crime".
Vasques Branco foi presidente daquela autarquia do distrito de Viana do Castelo entre 2007 e 2013, eleito pelo PS.Na sentença, decretada em outubro passado, o tribunal de Viana do Castelo considerou provado que o arguido, entre 2009 e 2013, no desempenho de funções como presidente de Junta de Freguesia de Monção, apropriou-se daquele montante, pertencente àquela aldeia.
"O arguido inscrevia ou mandava inscrever na contas da Junta de Freguesia, nos campos relativos a despesas de serviços de limpezas, descritas em termos contabilísticos como despesas de limpeza e higiene e conservação de ruas e outros espaços do domínio público, montantes superiores aos que efetivamente pagava aos prestadores de tais serviços, fazendo suas as diferenças entre os montantes inscritos e os realmente pagos", lê-se na nota publicada no sítio da internet da Procuradoria Geral Distrital do Porto .O arguido, adianta o acórdão, "solicitava aos prestadores dos serviços que assinassem as autorizações de pagamento/recibos sem que de tais documentos figurasse qualquer montante, completando-os posteriormente com os montantes que entendia, superiores aos efetivamente pagos". Em 2017, em comunicado, o Gabinete de Recuperação de Ativos-Norte da Polícia Judiciária informou ter apreendido cinco imóveis e valores depositados em 215 contas bancárias do ex-presidente da Junta de Riba de Mouro. Na altura, aquele gabinete revelou tratar-se da operação "Limpeza de Vantagens" que, além dos cinco imóveis, permitiu a apreensão naquelas contas bancárias, "distribuídas por seis instituições de crédito de, aproximadamente, 600 mil euros". Na sua nota, o Gabinete de Recuperação de Ativos-Norte da Polícia Judiciária, adiantava que a operação "Limpeza de Vantagens" resultou de uma investigação desencadeada pelo Ministério Público de Monção e desenvolvida pelo Departamento de Investigação Criminal de Braga da Polícia Judiciária.
Autor: Redação