A Câmara de Esposende distinguiu ontem, com diplomas e lembranças, todos os participantes do “Março com Sabores do Mar 2017”, entregando também os prémios aos vencedores dos diversos concursos realizados no âmbito da iniciativa.
Na cerimónia, que decorreu no auditório municipal, o vice-presidente da Entidade Regional do Turismo Porto e Norte de Portugal elogiou a autarquia pela forma acertiva como tem tratado as questões do turismo e, em particular, da gastronomia.
Segundo Jorge Magalhães, é esta postura, que tem vindo a ser cada vez mais vincada de ano para ano, que tem permitido a Esposende combater um problema que afeta, não só este concelho como também todo o país que é o da sazonalidade.
«Isto tem que ver, seguramente, com uma atitude e com uma visão estratégica que o município de Esposende definiu para o rumo que tinha que dar, em particular, ao seu município, utilizando uma das armas que tem ao seu dispor que é a área do turismo», disse.
Para Jorge Magalhães, a Câmara de Esposende, usando a gastronomia, aliada às condições naturais do concelho de Esposende, com uma faixa costeira fora do comum, não esquecendo a existência de produtos de excelência, tem sabido envolver todo o tecido empresarial, o saber e as tradições.
«Esta simbiose constitui um produto que se vai afirmando de uma forma clara, não só aqui no município de Esposende, mas em toda a região», salientou.
Na sua intervenção, o vice-presidente da Porto e Norte de Portugal enfatizou o envolvimento do tecido empresarial nesta iniciativa do "Março com Sabores do Mar", considerando ainda que, não menos importante, é também a preocupação do município em chamar as escolas e os alunos.
Na sua opinião, desta forma estão a criar-se hábitos que serão determinantes no futuro para uma educação positiva.
O presidente da Câmara de Esposende salientou, por sua vez, que "Março com Sabores do Mar" é uma iniciativa que tem a particularidade de envolver toda a comunidade, realçando ainda o empenho de todos.
Para Benjamim Pereira, potenciar os produtos endógenos é também potenciar a economia local.
«Aqui temos presente a doçaria, os produtos hortícolas, os vinhos e as quintas. Há toda uma envolvência neste processo», disse.
Para o autarca, tal postura não é um acaso, mas sim fruto do modelo de desenvolvimento do concelho, apoiado na componente do turismo.
«Para nós é importante o desenvolvimento económico feito numa base industrial. Nós temos que criar emprego para a nossa gente, apesar de termos níveis de desemprego bastante baixo. Mas, o turismo é a nossa vocação natural», sublinhou o presidente da Câmara de Esposende perante a plateia do auditório municipal.
Esposende tem de aproveitar sinergias turísticas do Porto
O presidente da Câmara de Esposende defendeu ontem que o seu município, em vez de se voltar contra o Porto, tem de aproveitar todas as sinergias geradas por este polo de atração turística.
Para Benjamim Pereira, o concelho tem de aproveitar este bom ciclo económico, nomeadamente os seus empresários ligados ao setor. «Nós temos um plano estratégico de desenvolvimento do turismo em Esposende que terá sempre que ser adaptado, porque a dinâmica é sempre tão forte e as coisas correm tão depressa que temos de estar atentos de ano após ano às alterações», salientou.
O autarca sublinhou ainda a necessidade de saber captar investimento privado porque as pessoas não podem pensar que a responsabilidade do turismo é exclusiva da Câmara.
«Nós estamos aqui para ajudar, para criar boas condições, mas cabe aos privados investir. É assim que as coisas devem ser numa economia aberta, em função das suas capacidades e do volume de investimento que colocam no terreno», sustentou.
Para Benjamim Pereira, a Câmara de Esposende quer ajudar os empresários mas, realçou, tem que haver regras para que as pessoas sintam que esta é uma terra organizada.
Por fim, o autarca vincou ainda os eventos que o município promove e que alguns acusam de ser um programa com muitas coisas. Na sua opinião e faz as pessoas voltarem e assim também se combate a sazonalidade.
Autor: José Carlos Ferreira