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Escola de Fragoso vai ter pavilhão desportivo após 17 anos de espera

Escola de Fragoso vai ter pavilhão desportivo após 17 anos de espera
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Publicado em 02 de março de 2017, às 15:51

Pavilhão vai ser construído num espaço verde ao fundo da escola

A Câmara de Barcelos consignou ontem as empreitadas de ampliação e reabilitação da Escola EB1 e JI de Bárrio, na freguesia de Roriz, e da construção do Pavilhão Desportivo da Escola EB 1,2,3 de Fragoso, um equipamento sucessivamente adiado desde que foi construído o estabelecimento escolar, em 2000.

A construção do equipamento desportivo foi adjudicada pelo valor de 800 mil euros, tendo a empresa vencedora do concurso um prazo máximo de 225 dias para a executar.

Na altura da assinatura do auto de consignação, o presidente da Câmara de Barcelos lembrou as vicissitudes de um processo que motivou, «e com razão», várias manifestações de alunos, pais e professores ao longo dos anos.

O pavilhão chegou a estar previsto na parceria público-privada (PPP) Barcelos Futuro, lançada pelo executivo de Fernando Reis (PSD).

Em 2009, a câmara mudou para o PS e aquela PPP acabaria por ser extinta, uma decisão justificada por Miguel Costa Gomes com os «incomportáveis e inadmissíveis» encargos financeiros que a parceria acarretaria para o município.

Na altura, o custo do pavilhão estava estimado em 1,5 milhões de euros, tendo entretanto o projeto sido reformulado.

Em ano de eleições autárquicas, o executivo municipal responde, assim, à pretensão da comunidade escolar e populações de Fragoso e freguesias vizinhas, que no próximo ano letivo já deverão poder utilizar o equipamento.

Miguel Costa Gomes está convicto de que a construtora vai concluir a obra antes do tempo previsto. «Vamos repor a história construíndo esta infraestrutura», acrescentou.

O diretor do Agrupamento Vertical de Escolas de Fragoso, Manuel Amorim, expressou o seu regozijo por ver finalmente o lançamento de uma obra «ansiada pela comunidade educativa» desde que abriu a escola, há 17 anos.

«Foi uma obra prometida ao longo dos anos. Estou como diretor há 15 anos e logo no primeiro ano de mandato estiveram aqui os técnicos da autarquia. Estava previsto construir os pavilhões desportivos de Fragoso, Manhente e Vila Seca, mas por falta de verbas o pavilhão de Fragoso acabou por ficar esquecido, porque era a escola mais recente. Agora estamos a um passo de concretizar este anseio da comunidade educativa», lembrou Manuel Amorim.

O presidente da Junta de Fragoso considerou a assinatura do auto de consignação da construção deste pavilhão desportivo um «momento de muita alegria para a freguesia», lembrando que há 17 anos a comunidade espera por este equipamento.

O pavilhão, a construir numa área verde junto ao edifício escolar, contempla uma área de desporto, com 1280 metros quadrados, e uma área para educação física e formação, definida como sala polivalente, com 150 metros quadrados.

Alunos regressam à escola de Bárrio

A ampliação e reabilitação da escola de Bárrio, em Roriz, está orçada em 450 mil euros, dos quais 106 mil são provenientes de fundos comunitários, e tem um prazo de execução de 270 dias. Pertence ao conjunto de edifícios escolares designados por "Plano Centenário".

Na  altura da assinatura do auto de consignação da empreitada, o presidente da Câmara de Barcelos indicou que o Executivo «sempre desejou» avançar com as obras que faltam executar no parque escolar para dar «melhores condições aos alunos», mas só agora foi possível à autarquia levar por diante este investimento.

Esta empreitada da escola de Bárrio é a primeira de um conjunto de 16 que está previsto executar noutras escolas do concelho.

«Gostava que fossem lançadas todas ao mesmo tempo, mas não é possível, serão feitas à medida das possibilidades financeiras do Município», disse Miguel Costa Gomes.

Esta escola é formada por dois pisos, com quatro salas de aulas ladeadas pelos átrios de entrada, com instalações sanitárias e alpendre na zona posterior da construção.

A ampliação do edifício permitirá a criação de duas salas de jardim de infância, uma sala polivalente, refeitório, instalações sanitárias separadas para adultos, alunas e alunos, bem como um espaço de apoio ao refeitório.

O Ensino Básico funcionára nas quatro salas do corpo antigo. Ao todo receberá mais de uma centena de alunos.

A empreitada não contempla cozinha, uma vez que as refeições serão confecionadas por uma entidade exterior.
O diretor do Agrupamento de Escolas Vale do Tamel saudou a iniciativa da autarquia de reabilitar esta escola que está bastante degradada e corria o risco de continuar votada ao abandono.

«Com esta escola vai-se dar melhores condições aos alunos que estão atualmente a ter aulas em contentores», disse Paulo Sampaio.

O presidente da Junta também realçou a importância desta obra, até porque se vai recuperar um edifício escolar público que integrará mais uma valência (jardim de infância), esperando-se que «responda aos desafios do presente e fique preparada para o futuro».


Autor: Jorge Oliveira