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Escola de Arquitetura da UMinho abre licenciatura em Artes Visuais em 2018

Escola de Arquitetura da UMinho abre licenciatura em Artes Visuais em 2018
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Publicado em 03 de novembro de 2017, às 15:23

Anúncio de novo curso marcou sessão de aniversário da Escola de Arquitetura.

Artes Visuais vai ser a nova licenciatura da Escola de Arquitetura (EA) da Universidade do Minho (UMinho), que ontem, em sessão solene no campus de Azurém, em Guimarães, celebrou 21 anos de existência.
O anúncio foi feito pela pró-reitora da UMinho, Carla Martins, que em representação do reitor cessante, António M. Cunha, referiu que o curso arranca já em 2018, no novo ano letivo, e que vai funcionar provisoriamente no Instituto Design. «A licenciatura vai depois funcionar no Garagem Avenida, em 2019/2020, cujo as obras de reabilitação e transformação, em conjunto com Teatro Jordão, deverão ser iniciadas a curto prazo», anunciou Carla Martins. A pró-reitora destacou ainda o sucesso da escola, inclusive no processo de internacionalização da universidade, que segundo Carla Martins «tem vindo a ser cada vez mais reconhecida». «É hoje indiscutível a notoriedade do mestrado integrado em arquitetura, com o índice de procura a aumentar todos anos, com uma crescente procura internacional todos anos», apontou a pró-reitora.
Com 505 estudantes, dos quais mais de meia centena internacional, e 81 docentes, a EA tem vindo a disputar interesse além Atlântico, com uma comunidade brasileira a sinalizar a escola como uma das referências europeias.
Disso mesmo é prova a licenciatura em Design do Produto e o projeto de doutoramento de Arquitetura. «Este ano funciona pela primeira vez um mestrado do Design do Produto e Serviços, um projeto inovador, que permite aos nossos graduados, e outros interessados, em avançar no sentido de uma maior especialização numa área estratégica, não só para a UMinho, para a sociedade em geral», apontou Carla Martins, que está consciente que os números de procura da escola, incluindo os oriundos dos programas de mobilidade, vão aumentar.
Carla Martins enalteceu ainda os trabalhos de intervenção da EA na sociedade, dados como exemplo os casos da requalificação do centro da Vila das Taipas, o trabalho em curso no convento de São Francisco, integrado no complexo monumental envolvente do mausoléu de São Frutuoso em Montélios, que vai albergar a Unidade de Arqueologia da UMinho, bem como o projeto que vai permitir abrir as portas do Largo do Paço à comunidade como «espaço de pedra e letras».

Mais proximidade entre o campusde Azurém e Couros

Maria Pinto Oliveira, presidente da EA, destacou o crescimento da escola, a mais pequena da Universidade do Minho, e a cumplicidade importante com a Câmara de Guimarães para o crescimento do projeto pedagógico. No entanto a presidente da EA apontou dificuldades pela distância física entre o Campus de
Couros e o Campus de Azurém. «Tem sido difícil conseguir em que alunos, professores e funcioná- rios instalados em Couros se sintam parte integrante da escola. Temos vindo a fazer esforços no sentido de aproximar este desencontro», referiu. Quanto a futuro, e para além da nova licenciatura, Maria Pinto Oliveira quer ver um núcleo de artes com massa crítica mais presente no dia a dia da UMinho, assim como ver o nome da escola mudado para «Escola de Arquitetura, Artes e Design» e repensar o plano de estudos desta área. «Precisamos de um ensino mais articulado nas diversas áreas científicas e reforçar o contributo das ciências sociais e humanidades cujo a ausência se faz sentir no nosso currículo de forma aguda», frisou, combatendo desta forma uma EA que considerou ser muito «generalista».

Autor: Nuno Cerqueira