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Edil Augusto Marinho quer processar Governo por "injustiça" no Orçamento do Estado

Edil Augusto Marinho quer processar Governo por "injustiça" no Orçamento do Estado
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Publicado em 21 de dezembro de 2018, às 14:18

Em causa está «a introdução de um mecanismo de compensação que veio provocar uma distorção da realidade factual».

O presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho (PSD), anunciou a intenção de processar o Governo pela "injustiça" nas transferências de verbas para o município ao abrigo do Orçamento do Estado de 2019. O autarca que lidera a maioria social-democrata naquela autarquia do distrito de Viana do Castelo adiantou que a proposta vai ser apresentada ao executivo municipal, na próxima reunião camarária, prevista para a primeira semana de 2019.
Em comunicado, na sequência de uma conferência de imprensa hoje realizada naquela autarquia, Augusto Marinho adiantou ter apelado ao Presidente da República para que "atenda à reivindicação de Ponte da Barca".
Augusto Marinho quer que Marcelo Rebelo de Sousa coloque "um ponto final numa grande injustiça para com Ponte da Barca, a bem do desenvolvimento do concelho, a bem da democracia e da confiança nas instituições do Estado". Em causa, segundo Augusto Marinho, está "a introdução, no Orçamento de Estado para 1995, de um mecanismo de compensação que veio provocar uma distorção da realidade factual que ainda hoje persiste".
"Trata-se de uma questão de inteira justiça para com Ponte da Barca e de colocar um ponto final neste engano, que já foi reconhecido pelo Governo, nomeadamente através de um despacho datado de 2011, do então secretário de Estado da Administração Local do XVIII Governo Constitucional", referiu, sem especificar o impacto da "injustiça" nos cofres do município.
Segundo o social-democrata, Ponte da Barca "é o concelho do distrito de Viana do Castelo com maior dependência das receitas provenientes das transferências do Orçamento do Estado, sendo hoje vitais para o regular funcionamento e cumprimento das obrigações assumidas, mas sobretudo para com as competências assumidas e delegadas pela administração central". O autarca considera que a "correção daquela injustiça é fundamental", acrescentando que a "situação se agrava nos programas em que a contratualização dos fundos é feita numa base territorial e onde a redistribuição das verbas pelas diferentes autarquias assenta, frequentemente, em critérios que têm no valor do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) um dos seus principais componentes". Destacou, como exemplos, "os planos de ação para a reabilitação urbana e o pacto para o desenvolvimento e coesão territorial, sendo que este último engloba áreas vitais como a educação e formação, eficiência energética, modernização administrativa, promoção do emprego, estabelecimentos escolares e outros equipamentos sociais". "Não obstante as reiteradas tentativas da Câmara Municipal para resolução deste problema junto do Governo e da Assembleia da República, a verdade é que o Orçamento do Estado para 2019 em nada foi alterado para terminar com a presente injustiça, estando, neste momento, na presidência da República para análise e promulgação".
Autor: Redação