Adívida global dos 14 municípios do distrito de Braga atingiu no final de 2021 os 233 milhões 308 mil 145 euros. São mais 13 milhões 786 euros mil euros que o valor da dívida global apurada para o final de 2019, que se cifrou nos 2189 milhões 522 mil 180 euros. Os dados publicados pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) fazem saber que a dívida municipal aumentou em sete dos 14 municípios do distrito de Braga, tendo descido em apenas cinco autarquias.
De fora dessa evolução ficaram as câmaras municipais de Esposende e Vila Verde, «por não se dispor de informação do município que permita o apuramento a 31 de dezembro de 2021», refere a publicação da DGAL, que incide sobre a prestação das contas dos municípios portugueses relativas ao ano de 2021. Mas os dados relativos às contas de 2020 mostram que a Câmara de Esposende agravou a dívida em 18,46 por cento face a 2019 (mais 1 milhão 544 mil euros) e que a Câmara de Vila verde reduziu o seu endividamento em menos 8 por cento, o que resultou em menos 1,2 milhões de euros face à divida de 16,13 milhões de euros registada em 2019.
Celorico de Basto perto do limite
Os números apurados pela DGAL dão conta que a Câmara Municipal de Fafe teve a maior subida da dívida entre os 14 concelhos do distrito de Braga: passou de 8,02 para 12,82 milhões de euros entre 2019 e 2021, com a subida de 59,77 por cento a resultar num agravamento de 4 milhões 799 mil euros. Também forte subida registou o Município de Terras de Bouro. O aumento de 55,19 por centro gerou novos encargos de 1,32 milhões de euros, com a dívida a crescer de 2,39 para 3,71 milhões de euros. Mas os dois municípios onde a dívida mais cresceu têm uma situação confortável face ao limite do endividamento total. Fafe tem margem de 3,23 vezes o valor da dívida atual e a autarquia de Bouro tem margem para multiplicar por 3,53 o valor da dívida atingida em 2021.
Bem mais perto do limite do endividamento permitido está a Câmara Celorico de Basto. Chegou ao final de 2021 com uma dívida de 14,13 milhões de euros (mais 5,39% face a 2019) e já só tem uma margem de 4 milhões de euros para atingir o limite.
Autor: Joaquim Martins Fernandes