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Desfile de mais de 630 mordomas abre hoje quatro dias de Romaria d’Agonia

Desfile de mais de 630 mordomas abre hoje quatro dias de Romaria d’Agonia
Fotografia

Publicado em 17 de agosto de 2018, às 10:14

Desfile está marcado para as 16h00.

Mais de 630 mordomas, de cinco países, vão desfilar hoje pelas principais artérias de Viana do Castelo, com todos os trajes de festa, no primeiro de quatro dias da Romaria d'Agonia.

O desfile da mordomia é o momento em que os diferentes trajes das freguesias de Viana se encontram e mostram, de uma só vez à cidade.

A tradição, cada vez mais enraizada entre as jovens e mulheres de Viana do Castelo, e que junta várias gerações, assinala, este ano, os 50 anos da sua primeira realização.

O desfile da mordomia é a forma de os organizadores apresentarem cumprimentos às várias autoridades, Estado, autárquicas e eclesiásticas presentes na cidade.

Desde há quatro anos, também as mulheres da ribeira, com os seus trajes de varina, participam neste desfile.

Ao percorrer as principais ruas da cidade, o desfile da mordomia vai deixando um rastro de cor desde a vermelha, verde e amarela dos típicos e garridos do traje à Vianesa, o primeiro do país a conseguir a certificação.

Não faltam também os fatos de noiva mais sóbrios, de cor preta. Neste número algumas das mulheres chegam a carregar dezenas de quilos de ouro, reunindo as peças de famílias e amigos num único peito, simbolizando a "chieira" (termo minhoto que significa orgulho) e outrora o poder financeiro das famílias.

O traje assume-se como um símbolo tradicional da região, nas suas várias formas, consoante a ocasião e o estatuto da mulher. Em linho e com várias cores características, onde sobressai o vermelho e o preto, era utilizado pelas raparigas das aldeias em redor da cidade de Viana do Castelo.

As características deste traje, como o seu colorido e a profusão de elementos decorativos, permitem identificar facilmente a região de origem, no concelho, motivo pelo qual se transformou, segundo os especialistas, "num símbolo da identidade local".


Autor: Lusa