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Descida de três lugares não tira Esposende do top 20 da eficiência financeira

Descida de três lugares não tira Esposende do top 20 da eficiência financeira
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Publicado em 15 de outubro de 2018, às 03:04

Em 2014 era 9º, em 2017 desceu até ao 18º lugar entre os municípios médios

A Câmara de Esposende (CME) está no top 20 das autarquias portuguesas de média dimensão com melhor eficiência financeira.A nível do distrito de Braga, Esposende perde a liderança do estatuto, passando para segundo melhor concelho entre os 14 do Baixo Minho. O primeiro é Barcelos que destrona Esposende que nos últimos anos ia mantendo esse estatuto. De acordo com a edição 2017 do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses(pode fazer download a aqui), recentemente publicada pela Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), o município esposendense ocupa a 18.ª posição (são 98 no total) entre os municípios entre 20 mil e 100 mil habitantes.
No rol de indicadores em que Esposende sobressai com particular incidência, e que lhe vale a designação de município financeiramente eficiente, está a diminuição constante - desde 2010 - das dívidas a pagar, assim como o abate nos empréstimos, e o volume das receitas cobradas através de uma política fiscal estável.
Com coordenação do professor João Carvalho, o documento é elaborado em colaboração com o IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, o Tribunal de Contas, o Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade e do Centro de Investigação em Ciência Política da Universidade do Minho, sendo atualmente uma referência nacional na monitorização da eficiência do uso dos recursos públicos na administração local. Para chegar à classificação de um município financeiramente eficiente, os investigadores do estudo mediram um conjunto de resultados que relaciona indicadores como, entre outros, as dívidas a terceiros por habitante, a liquidez, o resultado operacional, o peso dos custos com pessoal, o investimento pago, a diminuição das dívidas, o grau de execução da receita líquida e o prazo médio de pagamentos aos fornecedores.

Esposende e empresas municipais "à lupa"

Com 33 977 habitantes, Esposende tem, segundo o anuário, um património líquido que ultrapassa os 97 milhões de euros (97.504.429), apresentado resultado líquidos na ordem dos 972 mil euros. Quanto a empréstimos, a Câmara apresenta uma dívida a terceiros que ultrapassa os 6,9 milhões de euros (4.215.497 em empréstimos e 2.728.552 a outros), representando um índice de dívida total de 34.7%. Esposende é ainda credora de 471 mil euros e tem nos quadros 162 trabalhadores (menos cinco comparando com 2016). Olhando às empresas municipais, na Esposende Ambiente (EA) tem um património líquido de 22, 6 milhões de euros (22.605476), apresenta não resultados líquidos de quase 35 mil euros. Quanto a dívidas a terceiros, a EA atinge quase 5, 5 milhões de euros (5.457.240). Sendo credora de 31 mil euros. È desconhecido o número de trabalhadores da EA. Já a Esposende 2000, do qual também não se sabe o número de funcionários, apresenta contas mais leves. Com um património líquido de 502 mil euros, o desempenho do resultado líquido ultrapassa os 50 mil euros. Deve 192 mil euros e é credora de 31 mil.
Autor: Nuno Cerqueira