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CDU quer investigação a aluguer de armazém municipal que “lesa” Arcos de Valdevez

CDU quer investigação a aluguer de armazém municipal que “lesa” Arcos de Valdevez
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Publicado em 01 de julho de 2022, às 12:04

Partido defende tratar-se de uma “má gestão dos dinheiros públicos” por parte da maioria PSD na autarquia.

Os deputados da CDU de Arcos de Valdevez defenderam esta sexta-feira, na Assembleia Municipal, uma investigação ao aluguer, pela Câmara, de um edifício onde funcionam armazéns municipais. O partido político considera o arrendamento “gravemente lesivo dos interesses do município”, uma vez que, segundo avançam, “já foram gastos mais de 900 mil euros em rendas” desde fevereiro de 2003.

“Entendemos que estes factos são de grande importância, pelo que uma investigação seria útil para descortinar qual o motivo de se manter um arrendamento nestes moldes quando seria possível tomar outras opções políticas em prol dos arcuenses", refere a CDU, que descreve a situação como um caso de “má gestão dos dinheiros públicos” por parte da maioria PSD na autarquia. A força política denuncia ainda que o terreno tinha como fim a implementação do armazém municipal, mas que, "entretanto, mantém-se um arrendamento que é gravemente lesivo dos interesses do município de Arcos de Valdevez”.

O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, adianta à Lusa que “a edificação de um equipamento para os serviços municipais não ocorreu porque não tem havido apoios financeiros para esse fim”. “Como tal, a autarquia tem investido em outras áreas prioritárias em prol dos arcuenses, como a educação, a ação social, a criação de emprego, a dinamização económica e cultural, as infraestruturas básicas e as acessibilidades”, sustenta o social-democrata. A CDU recorda, no entanto, que já existiu um projeto e aquisição de terrenos para a construção de armazéns municipais durante o mandato de Francisco Araújo enquanto presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez.“Sucede que, com a entrada do executivo de João Esteves, estes projetos não foram levados avante, não obstante ter sido adquirido terreno para o efeito”, sustenta. Já João Manuel Esteves revela à Lusa que a autarquia “está a desenvolver um projeto que poderá levar à criação de um espaço oficinal” para o município.“Relativamente às restantes questões não nos pronunciamos, pois não têm qualquer fundamento”, conclui o autarca.
Autor: Redação/Lusa