Produtor do vinho “Terras de Amares”, Carlos “Lata” disse que os prejuízos das mais recentes “investidas” dos equinos poderão ascender a 2.000 euros.Sublinhou que, há dois anos, os cavalos já lhe tinham levado “pelo menos quatro toneladas de uvas”. “Os animais andam sem chip mas têm, naturalmente, donos, só que estes nunca aparecem a dar a cara, porque sabem que os prejuízos são muito elevados”, referiu. Em meados de julho, e depois de várias tentativas, os funcionários da Quinta do Regato conseguiram apanhar um cavalo e cinco éguas que por ali andavam há mais de um mês “a fazer estragos”. Desde então, os animais estão numa antiga vacaria da quinta, sendo a sua alimentação assegurada pelo município.
O município, por edital, deu um prazo aos eventuais proprietários para levantarem os animais, mediante o pagamento das despesas de alimentação.No entanto, “ninguém se acusou”. “É normal os proprietários não aparecerem, porque sabem que, além das despesas da alimentação, serão também responsabilizados pelos prejuízos causados nas propriedade e culturas agrícolas”, referiu Carlos “Lata”. Na sexta-feira, o município tentou vender os animais em hasta pública, mas também não apareceu nenhum interessado.
O preço-base de licitação era de 300 euros pelo lote dos seis animais.“Vamos agora ver com a nossa advogada o que podemos fazer a seguir”, disse o vice-presidente da Câmara de Amares, Isidro Araújo.
Autor: Redação / NC