A Câmara de Cabeceiras de Basto vai investir, até julho de 2019, mais de 1,6 milhões de euros em obras de recuperação e beneficiação do Mosteiro de S. Miguel de Rejofos, disse hoje à Lusa fonte municipal.
Segundo a fonte, paralelamente serão investidos 380 mil euros num programa de promoção do mosteiro, que contempla um total de 23 iniciativas, entre as quais a Bienal Internacional de Flauta Transversal, que terá como comissária Adriana Ferreira, uma flautista natural de Cabeceiras de Basto que atualmente integra a Orquestra de Santa Cecília, de Roma.
Resultado de uma candidatura ao Portugal 2020, o investimento tem como objetivo valorizar e divulgar o Mosteiro de S. Miguel de Rejofos, que a câmara quer ver classificado como Património Mundial.
Em termos de obras, já está em curso a empreitada de substituição das coberturas da igreja e da ala nascente do mosteiro, com conclusão prevista para setembro. A decorrer está também a recuperação da antiga livraria do convento.
Outras intervenções previstas são a beneficiação da fachada principal e das torres sineiras e o desassoreamento da Ribeira de Penoutas, para baixar o nível freático na envolvente ao mosteiro. Será ainda construído um coletor pluvial.
O programa paralelo de promoção do mosteiro desenvolve-se em três eixos temáticos, designadamente Cultura e Artes Performativas, Gastronomia e Sabores e Saúde e Bem-Estar.
Contempla iniciativas culturais e artísticas diversas, das artes plásticas às artes performativas, da literatura às atividades holísticas e ao artesanato, privilegiando, ainda, manifestações de divulgação histórica, patrimonial e gastronómica.
Serão exposições, concertos, concursos, mostras, festivais, provas e degustações, workshops e tertúlias, que decorrerão em locais simbólicos do concelho, especialmente no Mosteiro de S. Miguel de Refojos.
Em junho de 2019, quase a fechar o programa, um cachecol gigante em lã, confecionado por instituições, escolas e particulares do concelho, irá “aconchegar” o mosteiro, numa manifestação do “carinho” que a população nutre pelo monumento.
A Câmara de Cabeceiras de Basto já assegurou que não vai desistir da candidatura do Mosteiro de Refojos a Património Mundial, apesar de, em 2016, a Comissão Nacional da Unesco ter decidido não inscrever o monumento na Lista Indicativa de Portugal.
O mosteiro, além da igreja, integra os Paços do Concelho e o Externato de S. Miguel de Refojos, este último património da Arquidiocese de Braga.
A igreja, a sacristia e o teto do salão nobre dos Paços do Concelho estão classificados como imóvel de interesse público desde 1933.
Autor: Lusa