"Não me vou intrometer nas decisões deles e nem quero influenciá-los. Agora irei respeitá-los", afirmou Anacleto Oliveira.
Na origem de uma eventual forma de luta dos pescadores que poderão não participar na terça-feira naquele evento religioso da Romaria d'Agonia está a instalação do Windfloat Atlantic (WFA).
Trata-se de um projeto de uma central eólica 'offshore' (no mar), ao largo de Viana do Castelo, orçado em 125 milhões de euros, coordenado pela EDP, através da EDP Renováveis.
Aqueles pescadores reclamam a atribuição de uma compensação pelos prejuízos causados pela interdição da pesca na envolvente (0,5 quilómetros de cada lado) do cabo submarino, com cerca de 17 quilómetros de extensão, que vai ligar o parque eólico flutuante à rede, instalada em Viana do Castelo.
A EDP Renováveis disponibilizou uma verba de 200 mil euros para compensar essas embarcações, mas os pescadores não aceitam aquele valor. As negociações decorrem há várias semanas.
Hoje, os pescadores voltam a reunir-se, na Câmara de Viana do Castelo, intermediária no processo negocial mediado pelo Governo, para tentar chegar a acordo com a concessionária do parque eólico.
Autor: Lusa