Em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) adiantou que, em Portugal, foram constituídas arguidas 11 pessoas e apreendidos, como medida cautelar, cerca de 23 quilogramas de meixão, cinco viaturas, cerca de 30 mil euros, bem como diversa documentação e material informático.
Já em território espanhol, acrescenta, “foram identificadas cinco pessoas, quatro de nacionalidade espanhola e uma de nacionalidade portuguesa, uma das quais acabou por ser detida, tendo sido apreendidos cerca 400 quilogramas de meixão e cerca de 77 mil euros, vários documentos e provas digitais”.
A operação policial foi realizada na quinta-feira pela Unidade Central de Investigação Criminal (UCIC) da Polícia Marítima, em colaboração com os comandos regionais do Norte e do Centro.
A ação foi “dirigida à captura e tráfico internacional de meixão na zona Norte de Portugal e em Espanha”, e contou também com a colaboração da GNR e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
No decurso da operação “foram executados 15 mandados de busca e apreensão que resultaram de investigações a crimes relacionadas com a captura e tráfico internacional de meixão nas áreas de Viana do Castelo, Caminha e Vila Praia de Âncora”, também no concelho de Caminha.
Foram também executadas duas Decisões Europeias de Investigação (DEI), na Galiza, em Espanha, com a colaboração da Polícia Nacional de Espanha.
A enguia europeia (espécie anguilla anguilla), cujo termo meixão designa o estado final da fase larvar, consta como espécie protegida na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), podendo a sua captura ser considerada crime de danos contra a natureza.
Autor: Agência Lusa