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APAV apoiou em 2016 351 vítimas do Minho

APAV apoiou em 2016 351 vítimas do Minho
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Publicado em 28 de março de 2017, às 09:46

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) apoiou ao longo de 2016 um total de 351 vítimas de crime residentes na região do Minho, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Relatório Anual 2016.

Segundo as estatísticas, no ano passado foram apoiadas pela associação 5226 mulheres (em média 100 por semana), 1009 pessoas idosas (19 por semana), 826 crianças e jovens (16 por semana) e 826 homens (16 por semana), segundo as Estatísticas da APAV – Relatório Anual 2016.

Em 2016, a APAV realizou 35.411 atendimentos, um número que aumentou 8,1% nos últimos três anos (32.770 em 2014 e 34.327 em 2015).

Destes atendimentos resultaram 12.450 processos de apoio à vítima, nos quais se identificaram 9347 vítimas diretas de 21.315 crimes e outras formas de violência.

Destas 9347 vítimas diretas de crime, 312 vítimas, ou seja, cerca de 3,3%, eram residentes no distrito de Braga, ao passo que 39 vítimas residiam, ou seja, cerca de 0,4% residiam no distrito de Viana do Castelo, sendo que a maioria residia nos distritos de Lisboa, Porto, Faro e Setúbal (52,3%).

De acordo com a APAV, todos os dias, em média, em todo o país, 14 mulheres, três idosos, duas crianças e dois homens são vítimas de crime, sendo que os dados apontam para um aumento de 8,1% no número de atendimentos. No que respeita ao estado civil, 28,6% das vítimas eram casadas e 21,1% eram solteiras. No que respeita ao número de filhos,  mais de um terço pertencia a uma família nuclear com filhos e 11,5% a famílias monoparentais.

No que respeita à situação profissional, o relatório sublinha que 30% das vítimas se encontravam empregadas, havendo «um número ainda significativo» que se encontrava numa situação de desemprego (16%), sendo que relativamente à escolaridade, o número de vítimas que frequentavam o ensino superior evidenciava-se (7,4%) face aos restantes graus de ensino conhecidos.

Cerca de 80% dos 9.625 autores de crime registados pela APAV em 2016, eram homens, com idades entre os 35 e os 54 anos (23,1%) e tal como no caso das vítimas, também o autor do crime se encontrava maioritariamente no estado civil de casado (29,6%), seguindo-se os solteiros (11,3%). Em mais de 30% das situações, estes encontravam-se empregados.

O mesmo relatório apontava ainda para o facto de o contexto das relações de intimidade continuar a sobressair no que diz respeito à relação da vítima com o/a autor/a do crime. As relações de cônjuge, companheiro/a, ex-cônjuge, ex-companheiro/a, ex-namorado/a e namorado/a no seu conjunto totalizam 59% das relações existentes entre vítima e autor/a do crime. 

De acordo com o mesmo relatório em mais de 50% das situações, o crime ocorreu na residência comum da vítima e do autor do crime, seguindo-se a residência da vítima (16,7%).

 

Autor: Carla Esteves/ DR APAV