Segundo as estatísticas, no ano passado foram apoiadas pela associação 5226 mulheres (em média 100 por semana), 1009 pessoas idosas (19 por semana), 826 crianças e jovens (16 por semana) e 826 homens (16 por semana), segundo as Estatísticas da APAV – Relatório Anual 2016.
Em 2016, a APAV realizou 35.411 atendimentos, um número que aumentou 8,1% nos últimos três anos (32.770 em 2014 e 34.327 em 2015).
Destes atendimentos resultaram 12.450 processos de apoio à vítima, nos quais se identificaram 9347 vítimas diretas de 21.315 crimes e outras formas de violência.
Destas 9347 vítimas diretas de crime, 312 vítimas, ou seja, cerca de 3,3%, eram residentes no distrito de Braga, ao passo que 39 vítimas residiam, ou seja, cerca de 0,4% residiam no distrito de Viana do Castelo, sendo que a maioria residia nos distritos de Lisboa, Porto, Faro e Setúbal (52,3%).
De acordo com a APAV, todos os dias, em média, em todo o país, 14 mulheres, três idosos, duas crianças e dois homens são vítimas de crime, sendo que os dados apontam para um aumento de 8,1% no número de atendimentos. No que respeita ao estado civil, 28,6% das vítimas eram casadas e 21,1% eram solteiras. No que respeita ao número de filhos, mais de um terço pertencia a uma família nuclear com filhos e 11,5% a famílias monoparentais.
No que respeita à situação profissional, o relatório sublinha que 30% das vítimas se encontravam empregadas, havendo «um número ainda significativo» que se encontrava numa situação de desemprego (16%), sendo que relativamente à escolaridade, o número de vítimas que frequentavam o ensino superior evidenciava-se (7,4%) face aos restantes graus de ensino conhecidos.
Cerca de 80% dos 9.625 autores de crime registados pela APAV em 2016, eram homens, com idades entre os 35 e os 54 anos (23,1%) e tal como no caso das vítimas, também o autor do crime se encontrava maioritariamente no estado civil de casado (29,6%), seguindo-se os solteiros (11,3%). Em mais de 30% das situações, estes encontravam-se empregados.
O mesmo relatório apontava ainda para o facto de o contexto das relações de intimidade continuar a sobressair no que diz respeito à relação da vítima com o/a autor/a do crime. As relações de cônjuge, companheiro/a, ex-cônjuge, ex-companheiro/a, ex-namorado/a e namorado/a no seu conjunto totalizam 59% das relações existentes entre vítima e autor/a do crime.
De acordo com o mesmo relatório em mais de 50% das situações, o crime ocorreu na residência comum da vítima e do autor do crime, seguindo-se a residência da vítima (16,7%).
Autor: Carla Esteves/ DR APAV