A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso realizou, ontem, uma cerimónia de homenagem aos valentes soldados que lutaram na Guerra do Ultramar, junto ao memorial que perpetua a memória dos 24 combatentes povoenses que foram mortos na guerra de África, divulgou a autarquia.
Aquele tributo público, realizado no Dia do Antigo Combatente, foi levado a efeito pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e a Comissão dos Antigos Combatentes de Guerra da Póvoa de Lanhoso, com o objetivo de «prestar um tributo especial aos valorosos povoenses que tombaram na histórica Batalha de La Lys, ocorrida a 9 de abril de 1918 — há exatamente 107 anos, durante a Primeira Guerra Mundial», sublinham os promotores.
Numa cerimónia que reuniu os membros do executivo, António Machado, representante dos ex-combatentes da Póvoa de Lanhoso, disse que «estamos aqui para prestar uma sentida homenagem aos nossos conterrâneos que deixaram a vida nas ex-províncias ultramarinas, naquela guerra que era considerada como uma derrota da humanidade». Na sua alocução fez uma sentida referência à impossibilidade do ex-capitão António Carvalho de participar por motivos de saúde e à ausência do saudoso Marinheiro César Malaínho.
O presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, fez questão de agradecer «o trabalho que tem sido feito ao longo dos anos por esta Comissão que foi criada por ex-combatentes do nosso concelho», relembrando o saudoso Sr. Malaínho, para quem pediu uma salva de palmas. «Este momento, que temos vindo a celebrar ao longo dos anos, faz-nos recordar os que passaram por esta situação, recordar o enorme sacrifício que fizeram os ex-combatentes de Portugal, mas em concreto, os da Póvoa de Lanhoso», destacou, acrescentando que «é rara a família que não foi tocada por este flagelo, que, apesar do tempo que passou, continua bem presente». O edil povoense referiu ainda a participação portuguesa na Batalha de La Lys e os números estrondosos de mortos, desaparecidos e prisioneiros.
O autarca terminou com «palavras de gratidão pelo que estes homens deram ao nosso país e ao nosso concelho, por aquilo que as famílias suportaram ao longo destes anos e de gratidão por termos hoje uma comunidade que tem esta sensibilidade de dar a atenção devida a estes homens e às suas famílias».