A Câmara de Vila do Conde, do distrito do Porto, revelou ter ficado concluído o processo de classificação do Centro Histórico de Vila do Conde, atualizando uma área de proteção que vigorava há décadas.
“Depois de 46 anos, o bom senso acabou por prevalecer e temos agora uma área delimitada ao edificado de interesse público municipal e aos monumentos nacionais, que abrange, realmente, o centro histórico da cidade”, disse hoje o presidente da câmara Vítor Costa.
Com esta nova classificação, deixam de fazer parte das área protegida as avenidas de acesso às zonas balnear assim como a freguesia da Azurara, tornando mais fácil o processo de urbanização nessas área.
“Acabou por prevalecer o bom senso. Essas zonas da cidade, e também de Azurara, já estavam há muito consolidadas. Devíamos concentrar a delimitação à área antiga da cidade, onde está o edificado de interesse público municipal e nacional”, analisou Vítor Costa.
O presidente da Câmara aponta que, com esta nova classificação, fica facilitada a construção urbana nas zonas que deixam de fazer parte do centro histórico “colocando fim a uma 'via-sacra' dos habitantes que sempre que queriam fazer intervenções nos edifícios tinham de esperar pela autorização de diversas entidades”.
Na nova zona classificada como centro histórico de Vila do Conde, ficam integradas a área antiga da cidade, as igrejas da Matriz e da Misericórdia, a zona da beira rio, o Mosteiro de Santa Clara e o Aqueduto, assim como a Capela do Socorro.
A reclassificação do Centro Histórico de Vila do Conde tinha sido publicada em agosto deste ano, em Diário de República, e, findo os 90 dias de discussão pública, está agora pronto para ser implementada, num processo que ainda pode demorar mais alguns meses, embora a nova planta seja já integrada no PDM [Plano Diretor Municipal].