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Réplica da acácia do filho de Camilo abatida em Famalicão, Câmara investiga

Réplica da acácia do filho de Camilo abatida em Famalicão, Câmara investiga
Fotografia CM Famalicão

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 19 de novembro de 2024, às 12:25

Intervenção desajustada e não autorizada por parte dos serviços municipais, comunicou a autarquia

A Câmara de Vila Nova de Famalicão abriu um processo de inquérito interno para apurar responsabilidades sobre o abate não autorizado da réplica da velha “acácia do Jorge”, fronteira à Casa de Camilo, anunciou hoje o município.

Em comunicado, o município refere que a acácia foi alvo, na segunda-feira, “de uma intervenção desajustada e não autorizada por parte dos serviços municipais, que culminou com o seu derrube”.

“Os problemas com o estado de conservação da árvore, que se encontrava morta e em risco de queda, tinham sido já identificados pela autarquia, que estava, desde o primeiro semestre do ano, a elaborar um plano de intervenção que permitisse valorizar a acácia, elemento icónico da casa onde Camilo Castelo Branco escreveu grande parte da sua obra”, acrescenta.

Diz ainda que a ação da autarquia previa, essencialmente, a preservação da árvore, com a plantação de um rebento germinado, que tinha sido já realizada, e o seu aproveitamento através de uma intervenção artística, à semelhança de intervenções já realizadas, por exemplo, no Parque da Devesa.

“Tendo em conta os acontecimentos precipitados desta segunda-feira, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Mário Passos, solicitou de imediato a abertura de um processo de inquérito interno para apuramento de responsabilidades”, remata o comunicado.

Jorge, filho de Camilo Castelo Branco, plantou, em 1871, uma acácia frente à casa onde o pai escreveu uma boa parte da sua obra, em Seide São Miguel, Famalicão.

Na sua obra, Camilo referiu-se por várias vezes à acácia.

Posteriormente, seria plantada, no mesmo local, uma réplica da acácia original, que agora foi abatida.