A Associação Vimaranense para a Ecologia (AVE) elaborou e apresentou publicamente o Relatório do Estado da Mobilidade Urbana em Guimarães (REMU) e aponta como «notória a falta de informação disponível e a falta de visão estratégica» municipal nesta matéria. Por isso, defende a rápida instituição de um Conselho Municipal que incopore um observatório da mobilidade no concelho.
Aquela associação ecologista vimaranense elaborou um amplo relatório que veio confirmar os seus piores «receios», concluindo por uma «evolução contrária em relação às orientações estratégicas e novos paradigmas da mobilidade urbana» em Guimarães. De acordo com as conclusões do REMU, os dirigentes da AVE consideram que o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) de Guimarães, «para além da sua fraca concretização, está desalinhado com os princípios orientadores sugeridos pela União Europeia. Falta-lhe a referida visão estratégica, mas também lhe faltam metas e objetivos bem definidos, e a respetiva monitorização», apontam.
Considerando ainda que a mobilidade urbana no concelho deve ser alvo de uma ampla reflexão por parte de toda a comunidade e que para o efeito devem ser instituídos mecanismos de participação, no mesmo relatório, a AVE propõe «desde já, a constituição de um Fórum de Reflexão da Mobilidade Urbana de Guimarães». «Propomos também que, no âmbito de um sistema de governança para a mobilidade urbana, se considere a possibilidade de criar um Conselho Municipal que incorpore um Observatório da mobilidade e/ou uma Comissão de Acompanhamento do PMUS», concretizam.
Independentemente do acolhimento municipal das propostas sugeridas no REMU, a associação ecologista acrescenta ser sua intenção «criar, desde já, grupos de trabalho de base temática para a mobilidade urbana. Iremos procurar “massa crítica” para constituir grupos para a Mobilidade Pedonal, Mobilidade Ciclável e Transportes Públicos», apontam,
Ainda segundo a AVE, o atual documento constitui uma versão preliminar do REMU Guimarães, que surgiu «da constatação de que a avaliação ao estado da mobilidade deve ser mais abrangente e não limitada à análise do que é proposto no PMUS. Para tal, verificamos que será necessário mais tempo, assim como a colaboração de outras entidades e da comunidade em geral». Assim, «esta versão preliminar será colocada em consulta pública para a apreciação crítica dos interessados», concluem.