As variações das temperaturas muito rápidas que foram registadas no mês de julho podem complicar as melhores expectativas da hortofloricultura, segundo análise do Centro e Estudos Climáticos MeteoFreixo. No entanto, o clima ajudou a controlar os incêndios florestais.
De acordo com Pedro Machado, o mês de julho ficou marcado “por alternâncias entre semanas extremamente quentes e secas e semanas intermédias bastantes frescas e chuvosas para época. Digamos que julho foi um vaivém de dias extremamente quentes, em contraste com outros anormalmente frescos com alguma chuva a acompanhar”.
Os 52mm de precipitação contribuíram para o risco moderado de incêndio.
No entanto, a inconstância térmica registada neste mês, com dias muito quentes e frescura pelo meio, podem prejudicar o cultivo.
Ainda de acordo com o MeteoFreixo, depois do primeiro semestre de 2024 bastante chuvoso (com exceção de abril), julho voltou a surpreender como não tendo sido um mês seco. Os padrões climáticos da região Minho normalmente têm como meses secos, julho e agosto e tal não se verificou neste julho de 2024.
Ao nível da temperatura, julho com a temperatura média de 21,8ºC, e tendo em conta as grandes oscilações térmicas durante o período mensal, o valor médio está dentro dos padrões, tendo sido ligeiramente mais quente (+ 0,5ºC).
Quanto à anomalia termopluviométrica, confirma-se que o mês de julho se desviou do padrão normal, especialmente com a precipitação muito acima do normal (+136%). Como se comprova no gráfico de dispersão em baixo, julho foi em termos relativos ligeiramente mais quente e bastante húmido.