O desemprego registado no concelho de Vizela, no terceiro trimestre de 2023, teve um aumento de 41 por cento face ao período homólogo de 2022. Trata-se de um agravamento sete vezes superior à subida média da região Norte, revela um estudo publicado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte). Os dados publicados no relatório “Norte Conjuntura” relativo ao 3.º trimestre de 2023 fazem saber que foi no município vizelense onde o desemprego contabilizado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional mais subiu, ao nível dos 86 concelhos da região Norte.
«A maioria dos municípios do Norte (61 num total de 86) registou um aumento do desemprego registado, em termos homólogos, no 3.º trimestre de 2023. Os três aumentos mais acentuados foram apurados em Vizela (+41,0%), Felgueiras (+28,5%) e Paços de Ferreiras (+26,4%), enquanArquivo DM to as reduções mais significativas observaram-se em Carrazeda de Ansiães (-17,0%), Vila Nova de Foz Côa (-16,2%) e Chaves (-13,9%). As variações em valor absoluto nestes últimos três municípios tiveram pouca expressão, dada a reduzida dimensão da população ativa nesses territórios», refere o estudo da CCDR-Norte, que liga a destruição elevada de postos de trabalho a problemas nos setores dos têxteis e no calçado.
Segundo o Norte Conjuntura, «o padrão geográfico dos maiores aumentos do desemprego registado no 3.º trimestre de 2023, quer em variação percentual, como em variação absoluta, assenta numa faixa territorial com uma estrutura industrial vocacionada para a exploração das cadeias de valor do têxtil, vestuário, calçado e mobiliário».
Aos três concelhos nortenhos mais afetados pelo Desemprego em Vizela subiu sete vezes mais que a média da região Norte desemprego (Vizela, Felgueiras e Paços de Ferreira) juntaram-se «os municípios de Guimarães e de Castelo de Paiva, os quais registaram aumentos do desemprego registado de 21,5% e de 19,2%, em termos homólogos», destaca a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional. Embora a subida do desemprego tenha incidido «de forma mais acentuada» nos municípios com a especialização económica nas áreas dos têxteis e do calçado, também Viana de Castelo e Bragança tiveram crescimentos do desemprego superiores a dois dígitos. Em Viana o acréscimo homólogo foi de 17,2 por cento, enquanto que em Bragança o desemprego registado cresceu 13,4 por cento.