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Feira dos Vinte de Prado mostra vitalidade da atividade pecuária

Feira dos Vinte de Prado mostra vitalidade da atividade pecuária
Fotografia

Jorge Oliveira

Jornalista

Publicado em 21 de janeiro de 2024, às 10:58

Vila recebeu milhares de pessoas no dia da festa de S. Sebastião

A vila de Prado reviveu ontem as seculares Feira dos Vinte e festa em honra de S. Sebastião com a presença de milhares de pessoas provenientes de várias regiões do país e da vizinha Galiza. Como habitualmente, a feira do gado concentrou-se no Largo de S. Sebastião, partilhando o espaço com uma exposição pecuária de raças autóctones, mostra de maquinaria e feira. Organizada em duas alas, uma para o gado cavalar e outras para o gado bovino, a feira dos animais é uma das principais atrações deste dia que é vivido pelos pradenses com orgulho numa tradição que remonta ao século XIV.

Julga-se que esta feira deriva da que D. Dinis estabeleceu em Prado em 1307. O presidente da Junta de Freguesia de Prado destacou a grande afluência à Feira dos Vinte que continua a ser uma «grande montra» e prova da «vitalidade» da atividade pecuária. «O cerne desta feira é o gado e a esta hora [cerca das 10h00] ainda continuam a chegar aqui ao recinto muitos bovinos e cavalos, com este dia lindo e radioso é natural que se vá ultrapassar o número do ano passado que foi cerca de 130», disse Albano Bastos.

Alguns negociantes de gado afirmaram ao Diário do Minho que a Feira dos Vinte podia ser ainda mais concorrida não fosse o «excesso de controlo» por parte das autoridades. «Os criadores de gado têm receio de vir por causa da fiscalização que é muito apertada», disse um produtor de Palmeira, Braga. «Estão aqui muitos agentes, esta parece a feira da GNR», acrescentou outro criador de gado do mesmo concelho, segundo o qual a fiscalização devia ser feita não à entrada mas dentro do recinto da feira, porque pode haver quem “fure” levando um animal ilegal.

Um produtor de cavalos de Prado referir que, apesar do controlo, «que pode afetar», a feira tem crescido em quanOs criadores de gado contactados pelo Diário Minho consideraram ainda que o Estado devia apoiar mais a pecuária, notando que esta atividade «é essencial para o país». «O Governo pensa que quem tem cavalos é rico, mas nós temos muitas despesas com os animais», disse um produtor de equinos.

Um negociante de bovinos de Igreja Nova, Barcelos, notou que alimentar um animal fica muito dispendioso, mais ainda quando são animais de grande porte como dois que levou à feira de Prado. Um deles, com mais de quatro anos, pesa 1050 quilos. No espaço da exposição pecuária estão representadas as raças barrosã, minhota, garrana, churra do Minho, bordaleira de Entre Douro e Minho e Pedrês e Branca.