A depressão 'Irene' trouxe condições metereológicas adversas a Portugal Continental até esta quarta-feira, mas desenga-se se pensa que o mau tempo e o frio já passaram. Vem aí outra depressão e nova massa de ar polar, com as temperaturas mínimas a chegar a 1ºC em Braga já este fim de semana.
Portugal continental registou, entre as 14h00 de terça-feira e as 20h00 desta quarta-feira, 559 ocorrências relacionadas com o mau tempo trazido pela depressão 'Irene', 205 por quedas de árvores, 113 por inundações e 106 por quedas de estruturas. O fenómeno metereológico deixou de se fazer sentir no continente no final desta quarta-feira, mas vem aí um outro, que o portal de informação meteorológica Meteored chama "Ciclogénese Ibérica".
Esta "Ciclogénese Ibérica" deverá trazer, entre esta quinta e sexta-feira, chuva mais fraca a moderada, apenas pontualmente intensa e que deverá cair em quase todo o território do continente. Já o vento vai soprar moderado a forte nos próximos dias.
Quanto às temperaturas, este novo fenómeno vai fazer com que haja um arrefecimento especialmente a partir de sexta-feira, sobretudo no período noturno, em comparação com os dos dias anteriores, em que a depressão 'Irene' trouxe temperaturas amenas pouco habituais para esta altura do ano. O Meteores explica ainda que a atmosfera mais fria deve-se à chegada de ar polar procedente de norte.
O frio trazido por esta "Ciclogénese Ibérica" vai fazer-se sentir sobretudo nas regiões Norte e Centro. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma descida contínua da temperatura mínima, podendo chegar a 1ºC em Braga no domingo e aos 4ºC em Viana do Castelo no sábado.
O novo fenómeno que vai atingir o país pode ainda gerar, segundo o portal, queda de neve, sendo apenas incerta a quota a partir do qual tal pode ocorrer.
Mas o que é uma "Ciclogénese Ibérica"?
Como explica Afonso Graça, no Meteored, uma ciclogénese é "o processo de formação de uma depressão ou tempestade". "Quando este processo de formação ou de intensificação ocorre de forma extremamente rápida, fala-se de ciclogénese explosiva", explica. Trata-se de uma “Ciclogénese Ibérica” pois os mapas apostam num cenário que contempla o impacto desta ciclogénese em praticamente toda a geografia da Península Ibérica.