A pequena localidade de Barco, próxima da vila de Caldas das Taipas, em Guimarães, passou, desde ontem, a ser um epicentro europeu e mundial da investigação de excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa. No Avepark, fruto de um investimento global de cerca de 12 milhões de euros, nasceu o novo edifício do TERM RES-Hub/ Instituto Cidade de Guimarães, com 2.900 metros quadrados, equipamento científico de última geração e investigadores altamente qualificados.
O presidente do TERM RES-Hub/Instituto Cidade de Guimarães, Rui Reis, formulou, ontem, o desejo de que todos os ilustres convidados da sessão inaugural possam, ao longo dos anos, regressar ao novo espaço agrupado do I3Bs - Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos para ver como, fruto do novo megacentro instalado no Avepark, «vai evoluir a nossa investigação, como vamos publicar mais e melhor, como vamos ser mais competitivos, atrair mais investigadores internacionais e como vamos fazer daqui, de um edifício no meio de Barco, nas Caldas das Taipas, uma coisa que vai ser um ‘flagship’ [o navio almirante ou o navio mais importante da frota] da investigação em termos mundiais na área da engenharia de tecidos e medicina regenerativa», assegurou.
Com efeito, o novo centro de investigação, a funcionar desde o último verão e ontem inaugurado pelo primeiro-ministro, António Costa, dispõe e oferece «condições únicas a nível europeu para investigação e prestação de serviços nas suas áreas de atividade». O novo edifício é composto por nove laboratórios, áreas de trabalho em conceito ‘open space’ para investigadores e uma área administrativa. Com sentido longitudinal e três pisos, a infraestrutura possui vários laboratórios, por exemplo de química, microbiologia, biologia molecular, histologia e bioimpressão/biofabricação, laboratório de microscopia avançada, laboratório de processamento celular (células humanas e animais incluindo células estaminais), laboratório de investigação marinha e uma sala limpa. A TERM RES-Hub integrará investigação em ciências da saúde e tecnologias de ponta para o desenvolvimento de novas terapias clinicamente úteis e estratégias de regeneração de tecidos humanos, medicina regenerativa e de precisão. Na prática, adotará metodologias altamente multidisciplinares para avançar o conhecimento atual em áreas selecionadas da Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, Nanomedicina,Engenharia Biomédica, Materiais Naturais, Biodegradáveis e Biomiméticos, Ciência e Tecnologia de Biomateriais. «Este é um momento importante e um marco de uma estratégia nacional que o país tem desenvolvido com sucesso», valorizou António Costa, sublinhando que a base do desenvolvimento do país assenta no conhecimento, sendo «fundamental investir no conhecimento, porque o conhecimento está na base de tudo».
A nova estrutura torna também a «UMinho diferente e mais forte e o país mais capacitado», enalteceu a ministra da Ciência, Elvira Fortunato.