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Líder do PSD diz que o que falta no distrito de Braga resulta do «fracasso» dos governos dos últimos anos

Líder do PSD diz que o que falta no distrito de Braga resulta do «fracasso» dos governos dos últimos anos
Fotografia

Rita Cunha

Jornalista

Publicado em 07 de janeiro de 2024, às 17:26

Luís Montenegro discursou hoje em Vila Nova de Famalicão, no almoço-comício de encerramento da iniciativa "Sentir Portugal" no distrito de Braga.

O que falta no distrito de Braga resulta do «fracasso dos governos dos últimos anos» em diversas áreas, desde a Saúde à Educação e Habitação. A convicção é do líder do PSD, que hoje, em Vila Nova de Famalicão, fez questão de deixar várias críticas à atualidade nacional e de apelar ao voto no partido que representa, rumo a «um país com futuro».


Num almoço-comício no mercado municipal de Famalicão, junto dos seus apoiantes, e que serviu para encerrar a iniciativa “Sentir Portugal” no distrito de Braga, Luís Montenegro fez um balanço de quatro dias de intenso contecto com a população, empresas e instituições, e pediu que seja responsabilizado quem governou o país nos últimos oito anos.

«O que vi na região foram duas realidades distintas que  hoje são muito a imagem de Portugal. Por um lado, uma imagem de força, de dedicação, de capacidade de trabalhar, de pessoas a tentar  - e muitas vezes a conseguir - ultrapassar as adversidades para produzirem e serem mais competitivas e criar riqueza (...). E nesta região não há dúvidas que se respira e sente muito a vontade de fazer melhor, de estar na linha da frente e ter condições para fazer o que muitas vezes a administração central não faz. E, por outro lado, naquilo que depende das pessoas, das instituições e, por vezes, das autarquias, vi que não falta genica nem conhecimento. Não faltam políticas públicas locais aqui. O que falta no distrito vem do fracasso dos governos dos últimos anos», começou por salientar. Aqui, deu como exemplos a mudança de gestão do Hospital de Braga (que até 2015 funcionou em regime de parceria público-privada), o facto de muitos alunos ainda não terem professores a pelo menos uma disciplina e a dificuldade no acesso à habitação.


«Em Braga, como no resto do país, nas áreas de responsabilidade o Governo deixou tudo por fazer no distrito. Não há um centímetro de manutenção nas estradas que ligam os concelhos não servidos por autoestrada. Não foram capazes de executar o que prometeram», disse. E, referindo-se ao líder do PS, mesmo sem dizer o nome, questionou: «se não executou como ministro [das Infraestruturas e Habitação], o que podemos esperar como Primeiro Ministro?». «Quem teve oito anos na mão o poder de decidir, com um financiamento como nunca tinha tido antes, com estabilidade política e a cooperação de todas as instituições e órgãos de soberania e não conseguiu, não tem autoridade moral para pedir o voto dos portugueses no dia 10 de março», acrescentou Montenegro.

O líder do PSD apontou ainda o dedo aos socialistas por culparem os outros pela «crise política em que o país mergulhou», a qual «decorre só da incompetência do governo do PS». «Agora os culpados são os adversários políticos, o Presidente da República, a Justiça. Mas os que verdadeiramente tinham o poder na mão e podiam ter mudado as circunstâncias agora pedem confiança para fazer o que não foram capazes de fazer nos últimos anos. Isto mostra que há uma grande distância entre o PS e a realidade do país, mas também mostra muita arrogância», disse, acusando o PS de «querer capturar a sociedade portuguesa depois de já ter capturado o aparelho do Estado».