Uma massa de ar polar vinda do Atlântico Norte vai chegar a Portugal e provocar uma descida acentuada das temperaturas em todo o país já a partir desta quinta-feira, dia 4 de janeiro. O fenómeno vai ser especialmente intenso esta sexta-feira, dia 5 de janeiro, apesar de não estar prevista nenhuma vaga de frio.
A partir desta quinta-feira, a massa de ar com características árticas vai fazer com que os termómetros possam descer abaixo dos zero graus (ou menos) no interior norte e centro, havendo possibilidade de queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela e com a cota a poder descer até aos 800 metros de altitude na sexta-feira. Já o primeiro fim do novo ano vai ficar marcado pelo frio e pela chuva, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Esta sexta-feira, as temperaturas não devem ultrapassar os 15 graus de máxima e as mínimas esperadas são entre os 10 graus (em Faro) e os 0 graus (na Guarda). Em Braga, espera-se uma máxima de 12ºC e uma mínima de 3ºC, enquanto Viana do Castelo tem prevista uma máxima de 12ºC e uma mínima de 6ºC.
DGS pede que se evite corrida para as urgências em caso de doença
Com o aumento do desconforto térmico, surgem também mais casos de constipações e gripe. A Direção-Geral da Saúde deixou por isso esta quinta-feira algumas recomendações para a prevenção dos efeitos negativos do frio na saúde.
A primeira recomendação é evitar a exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura, bem como manter o corpo quente, utilizando várias camadas de roupa, adaptada à temperatura ambiente e protegendo especialmente as extremidades do corpo. A DGS recomenda também que se mantenha a hidratação, ingerindo sopas e bebidas quentes e evitando o consumo de álcool, que proporciona uma falsa sensação de calor, e que se tenha especial cuidado com a prática de atividades no exterior (evitar esforços excessivos, utilizar vestuário adequado e prestar atenção às condições do piso para evitar quedas).
Outra recomendação é que se mantenha a casa quente e garantir uma adequada ventilação das habitações (renovação do ar) se se utilizar braseiras ou lareiras. Neste caso, a DGS apela à verificação do estado de funcionamento dos equipamentos de aquecimento, a ter especial atenção aos aquecimentos com combustão, como braseiras e lareiras, que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte, e a evitae o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar.
Para os condutores, a DGS recomenda que se adote uma condução defensiva, uma vez que poderão existir locais na estrada com acumulação de gelo. Pede ainda maior atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas em situação de sem abrigo).
No caso dos doentes que tomam medicação para doenças crónicas, a DGS apela a que se garanta a toma adequada dos medicamentos, sob as indicações do médico assistente. Já se estiver doente, o pedido é para que não corra para as urgências e ligue primeiro para o SNS 24 (808 24 24 24).