O Grupo Coral Polifónico da Lage, arciprestado de Vila Verde, celebrou o 40.º aniversário com júbilo e renovado compromisso eclesial, na passada sexta-feira, 8 de dezembro, dia da festa da Imaculada Conceição, sua padroeira.
A este momento festivo juntaram-se familiares e amigos do Grupo, entre os quais o novo e o anterior pároco da Lage, respetivamente, os padres Francisco Rebelo e Constantino Vilela de Sousa.
Há dois meses à frente da paróquia, esta foi a primeira vez que o padre Francisco Rebelo participou como pároco numa festa de aniversário do Grupo Coral da Lage, um dos mais renomados do arciprestado, quer pela sua longevidade, quer pela qualidade das suas actuações.
«Para mim é uma alegria estar aqui e ver todo este empenho e dinamismo. O Grupo Coral é uma riqueza da nossa paróquia, e é uma riqueza sobretudo porque podemos considerar que são dons que recebemos e que de alguma maneira os fazemos render, colaborando, apoiando e vivendo a Liturgia com outros. O Grupo Coral tem um lugar proeminente sempre numa celebração e numa paróquia, porque dá-lhe uma vitalidade muito forte», disse o sacerdote.
Em dia de aniversário, o Grupo Coral da Lage recebeu como prenda a garantia de que nos próximos meses terá um estrado novo, na igreja paroquial, mais adequado e cómodo pois permitirá aos cantores sentarem-se nos momentos das celebrações em que não é necessário estar de pé.
«Vamos proporcionar melhores condições ao Grupo, para benefício da Liturgia. Há pessoas que estão aqui desde a sua fundação, há 40 anos, e participam e cantam na missa quase sempre de pé. Sabemos que quando o espírito está bem, quando está em paz, quando está tranquilo, não tem outras preocupações, reza-se melhor», notou o sacerdote.
Outra prenda que o Grupo Coral gostaria de receber era a entrada de novos elementos, para reforçar e ‘refrescar’ as quatro vozes. A idade média dos quase 20 coralistas ultrapassa os 60 anos.
O desejo foi expresso pelo maestro, o professor Amadeu Sousa Cruz, depois de agradecer a todos os elementos a colaboração e o esforço que fazem para que seja possível a cada domingo abrilhantar as celebrações.
Vamos continuar a trabalhar, vamos continuar a fazer maravilhas e continuar a louvar o Senhor
Sobre estes 40 anos de vida do Grupo, fez um balanço «muito positivo», destacando as duas primeiras décadas, nas quais o movimento «atingiu o auge», quer a nível da execução, quer a nível do canto, quer em número de coralistas.
«Foi um período áureo em que se fizeram coisas muito bonitas. Temos a honra de sermos os pioneiros, com o professor Manuel Afonso, com o coro dele na altura, de Oleiros, na implementação de concertos de Natal. Realizámos em conjunto, nos anos 1987 e 1988, os primeiros concertos de Natal já acompanhados com instrumentos, juntando à volta de 120 coralistas e instrumentistas para cima de duas dezenas», notou.
Amadeu Sousa Cruz destacou também a participação nos concertos de verão a nível arciprestal e nos encontros de coros a nível diocesano, organizados pelos diretores da Nova Revista de Música Sacra.
«Fizeram-se coisas muito interessantes, em que o Grupo Coral da Lage teve uma participação de bom nível», disse Amadeu Sousa Cruz, segundo o qual o Grupo «teve sempre muita sorte, mas também muito trabalho» e esse trabalho tem sido «reconhecido» aos longo dos anos por quem dirige a Música Sacra na Arquidiocese.
«Vamos continuar a trabalhar, hoje somos menos, é difícil atrair novos elementos, por todas as razões, mas não somos só nós, com o pessoal que temos vamos continuar a fazer maravilhas e continuar a louvar o Senhor», acrescentou.
O padre Francisco Rebelo incentivou os membros do Grupo a convidarem para o canto familiares, filhos e netos.
«Era bom que se começasse a enriquecer o Grupo Coral com novos elementos, porque hoje, felizmente, a música é qualquer coisa que está muito próxima de cada um, hoje qualquer criança, qualquer jovem tem mais facilidade de estudar música, agora há que contagiá-los, partilhar esse beleza para eles ganharem gosto», declarou.
O padre Constantino Vilela de Sousa, que acompanhou desde o início o Grupo Coral da Laje e a ele continua ligado, não escondeu a alegria de estar presente na festa dos 40 anos. O sacerdote recordou os tempos da fundação deste movimento da paróquia, em 1983, pelo professor Amadeu Sousa Cruz, e depois todo um percurso de crescimento e maturidade que levou longe o nome do Grupo Coral da Lage.
«A vinda professor Amadeu para a Lage foi ótimo, porque ele começou com o Grupo Coral no ano em que casou com uma professora daqui, e ao longo destes anos tem dado muita assistência ao Grupo, preocupa-se muito com os ensaios, que no inverno são um “sacrifício”, e tem procurado sempre enriquecer as celebrações com cânticos novos», destacou.
Na sua intervenção, o padre Constantino aproveitou para apelar a uma maior participação dos leigos na vida da paróquia da Lage que desde outubro, com a sua dispensa, pelo Arcebispo de Braga, deixou de ter pároco em permanência e residente. O padre Francisco Rebelo acumula com S. Julião da Lage a paroquialidade de Santa Eulália da Loureira e ainda a reitoria do santuário do Alívio.
A comemoração dos 40 anos iniciou-se com a celebração da Eucaristia, na igreja paroquial, ao que se seguiu o almoço de confraternização e convívio, momento em que foi cortado o bolo e se cantaram os parabéns.