O município de Barcelos apresentou esta quarta-feira publicamente o novo projeto de recolha seletiva de biorresíduos alimentares que, na sua primeira fase, vai incidir nos grandes produtores - restaurantes, cafés, cantinas, floristas e outros da mesma natureza da zona mais urbana. Futuramente, e de forma gradual, a recolha vai ser alargada a outras áreas do território barcelense.
Na apresentação desta operação, que decorreu nos Paços do Concelho e contou com a presença de inúmeros comerciantes produtores daquele tipo de biorresíduos, o presidente da Câmara sublinhou que, com este projeto, o município de Barcelos se está a antecipar a uma obrigação legal que vai entrar em vigor no início do próximo ano. “Com este projeto, estamos a dar um passo muito importante na estratégia de tornar o planeta em que vivemos ambientalmente mais sustentável”, vincou Mário Constantino, alertando que “além dos custos e dos impactos ambientais que a deposição em aterro coloca, sabemos que, com os atuais padrões de consumo, e a mantermos este ritmo de produção de lixo, a situação tornar-se-á insustentável”.
No fecho da sua intervenção, o presidente agradeceu a presença e a colaboração de todos, manifestando a convicção de que “os munícipes estão devidamente informados e sensibilizados para as questões ambientais e darão o seu contributo para que Barcelos cumpra as metas definidas para a recolha de biorresíduos e a redução de deposição em aterro.
A implementação do novo Sistema de Recolha Seletiva de Biorresíduos de Barcelos vai ser feita por etapas. Numa primeira fase, os Serviços do Município vão fazer a recolha seletiva, porta a porta, junto dos produtores com maior potencial de produção de biorresíduos alimentares, esperando-se servir cerca de 200 utilizadores do sistema, nas cinco freguesias mais urbanas.
Nas explicações técnicas que apresentaram, o diretor do Departamento, Agostinho Pizarro, e a Chefe de Divisão dos Serviços Urbanos, Isabel Machado, explicaram como toda a operação será agilizada e colocada no terreno e informaram que tipo de biorresíduos serão recolhidos no “âmbito deste projeto”: “resíduos alimentares e de cozinha dos grossistas, das cantinas, das unidades de catering e os resíduos similares de transformação de alimentos”. Esta primeira fase da operação implicou a aquisição de 291 contentores de 140 litros, 100 contentores de 50 litros e 35 contentores para recolha de resíduos nos cemitérios, feira e mercado.
Entretanto, sob o lema “Comida não é lixo! – Valorize os resíduos orgânicos” está a ser implementada uma campanha de comunicação e sensibilização que inclui vídeo, outdoors e mupis, brochuras entre outros materiais. Para efetuar a recolha e transporte destes resíduos, foram adquiridas duas viaturas apropriadas e apetrechadas para o efeito.
Todos os biorresíduos recolhidos vão ser tratados e transformados em fertilizante sem aditivos químicos, para posterior utilização na agricultura e jardinagem.