O ISAVE, Instituto Superior de Saúde vai colaborar com a Câmara Municipal de Amares no desenvolvimento e gestão do complexo termal de Caldelas, estância adquirida pelo Município e que se encontra há vários anos encerrada.
O anunciou foi feito hoje na comemoração do 21.ª aniversário do ISAVE, numa sessão em que estiveram a vereadora da Câmara de Amares Cidália Abreu, o diretor-executivo do ACES Gerês-Cabreira, Nuno Oliveira, o representante da Entidade Instituidora, Francisco Esteves, e o presidente da Associação de Estudantes do ISAVE, Alexandre Pereira.
O presidente da Instituição, Fausto Amaro, adiantou que esta parceria poderá começar já a partir de junho, através de alunos e professores e técnicos do ISAVE.
«Nós temos conhecimento em muitas valências, na área da fisioterapia, da enfermagem, do termalismo, do conhecimento, no turismo que nos permite ajudar a Câmara a reabrir as Termas o mais rápido possível para benefício da população e dos muitos clientes que a estância têm, e não só de Amares», disse.
Fausto Amaro destacou a importância das Termas de Caldelas para o território, nomeadamente o seu impacto económico «muito grande», assim como o «inegável» benefício para a saúde dos seus utilizadores.
Para o representante da Entidade Instituidora do ISAVE, Francisco Esteves, este é um «desafio» que representa a «assunção do compromisso pelas competências que o ISAVE apresenta relativamente ao complexo termal, sob o ponto de vista do tratamento e sob o ponto de vista do bem-estar, e representa também uma oportunidade para criar dinâmicas no território de Caldelas através dos alunos, sob o ponto de vista económico».
Com esta prestação de serviços, o ISAVE pretende também «acrescentar valor» ao termalismo, através da investigação, desenvolvimento e inovação.
No âmbito desta parceria com a Câmara de Amares, que está a ser trabalhada há seis meses, está previsto também a criação de uma sala para congressos internacionais.
«Este é um projeto que consegue congregar os cinco eixos do Plano Estratégico do ISAVE: formação e educação; investigação e desenvolvimento; internacionalização; comunidade local; e desenvolvimento do território», acrescentou Francisco Esteves.
Para Cidália Abreu, que é responsável pelos pelouros da Educação, Ação Social e Saúde, esta parceria com o ISAVE para a reabertura das Termas de Caldelas representa um «marco na história do concelho de Amares».
A vereadora acredita que o complexo termal vai ser uma «alavanca para o território amarense», contribuindo para maior «atratividade, competitividade, maior afirmação do concelho no distrito, no país e no mundo».
O diretor-executivo do ACES Gerês-Cabreira destacou a importância da ação do ISAVE para o território e a saúde e reafirmou o compromisso do ACES de continuar de «portas abertas aos que os estudantes necessitem para o seu percurso formativo».
Em dia de aniversário, a direção do ISAVE fez questão de recordar o passado da Instituição, afirmando que este projeto académico surgido em 2002, em Geraz do Minho, na Póvoa de Lanhoso, e há oito anos em Amares, «tem uma identidade, uma personalidade que começou há 21 anos».
«A autarquia pode sentir-se orgulhosa no que respeita à ação do ISAVE», disse o Fausto Amaro.
O presidente da Associação Académica do ISAVE apelou a uma maior participação dos alunos nas atividades extra-curriculares, referindo que isso «enriquece o currículo». Este ano, a Associação estreou a festa da “Queima da Isa” e Alexandre Pereira espera que esta atividade ganhe «força» nos próximos anos.
Após a sessão de abertura, o ISAVE homenageou cinco antigos estudantes que se formaram e que mantêm uma ligação à Instituição (são docentes do ISAVE) e atribuiu bolsas de mérito a quatro estudantes que terminaram o seu percurso académico em 2021-2022, nos cursos de Termalismo e Bem-Estar, Fisioterapia, Proteção Civil e Socorro e Enfermagem.
Na mesma sessão foram ainda distinguidos, num gesto de reconhecimento e gratidão, a colaboradora Adelaide Morais, que trabalha no ISAVE desde 2008, e Tiago Cação, considerado o “pai” da Ysatuna -Tuna Académica do ISAVE.
Mais vagas em Fisioterapia
A direção do ISAVE anunciou ainda que tem autorização do governo para abrir mais 30 vagas para o curso de Fisioterapia no próximo ano letivo.
«Já não estávamos a satisfazer os pedidos. Neste momento temos mais procura do que vagas. Temos muitos estudantes estrangeiros e também muitos estudantes portugueses que vêm estudar para o ISAVE e estamos alargar a nossa participação internacional a outros territórios, nomeadamente Cabo Verde», notou o presidente, Fausto Amaro.
Os alunos estrangeiros representam cerca de 30 por cento do total de estudantes, que ronda os 500.
Fausto Amaro referiu que os dois edifícios do Instituto começam a ser pequenos, pelo que o ISAVE «precisa com urgência» de ampliar as suas instalações.
O ISAVE aguarda a aprovação do mestrado em Fisioterapia e está a preparar mais oferta formativa nas áreas da Proteção Civil e Gestão da Saúde.