Os dados da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-NORTE) que atribuem ao Alto Minho os melhores indicadores regionais do Norte na área da educação são revelados no relatório “Escolarização na região Norte - Evolução 2001-2021 com base nos Censos”, que a instituição presidida pelo ex-reitor da Universidade do Minho, António Cunha, acaba de publicar. O documento, que foi divulgado no âmbito da preparação dos projetos que vão suceder aos Planos Integrados e Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar, faz saber que é na sub-região do Alto Minho que a região Norte tem a melhor taxa de abandono e insucesso escolar ao nível do ensino básico.
Nos municípios do Alto Minho, a taxa de retenção e desistência para os três níveis do ensino básico está nos 0,7 por cento, garante o estudo da CCDR-NORTE, que é feito com base nos dados oficiais de 2010-2011 a 2020-2021.
«Numa perspetiva geral, os resultados na Região do Norte são claramente mais favoráveis do que os da média do Continentee, na escala das NUTS III [sub-regiões], o Alto Minho, o Ave, o Cávado e o Tâmega e Sousa apresentam os valores mais baixos, reunindo as Terras de Trás-os-Montes e o Alto Tâmega os mais elevados», refere o relatório, dando conta que «a Área Metropolitana do Porto e o Douro estão acima da média regional». A sub-região do Cávado, liderada pelo eixo Braga-Barcelos, tem a segunda melhor posição da região Norte, com uma taxa de abandono escolar de 0,9 por cento para o ensino básico.
Mas é ao nível do ensino secundário que se verifica a grande evolução do Alto Minho na educação. A sub-região registou no ano letivo 2020-2021 uma taxa de retenção e abandono escolar de 4,4 por cento. Trata-se de uma recuperação superior a 40 por cento face ao ano letivo de 2019-2020, em que o distrito de Viana do Castelo tinha uma taxa de retenção e abandono escolar de 7,4 por cento entre os alunos do 10º ao 12º ano. Os concelhos da sub-região do Ave apresentam a segunda melhor taxa de retenção e desistência entre as sub-regiões do Norte, com 4,8 por cento. Trata-se de uma descida bem menos acentuada que a apontada pela CCDR-NORTE para o Alto Minho, uma vez que no ano letivo anterior, a taxa de retenção e desistência no Ave era de 5,1 por cento, o que dá uma recuperação inferior a seis por cento. O Cávado tem a segunda melhor taxa de retenção e abadono escolar ao nível do ensino básico e a quarta melhor no secundário.