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Sindicato acusa Misericórdia de Ponte de Lima de desrespeitar trabalhadores

Sindicato acusa Misericórdia de Ponte de Lima de desrespeitar trabalhadores
Fotografia Misericórdia de Ponte de Lima

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 16 de maio de 2023, às 11:46

Em causa está o Contrato Coletivo de Trabalho da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.

A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusou esta terça-feira o provedor da Misericórdia de Ponte de Lima de “falta de palavra e de respeito pelos trabalhadores”.

“No final de 2022, numa reunião entre este sindicato, o seu representante jurídico e provedor da Misericórdia de Ponte de Lima e o seu representante jurídico, as partes acordaram que a instituição pagaria os retroativos devidos às suas trabalhadoras. Volvidos seis meses, e depois de nos pedir dados e mais dados, o senhor provedor, Alípio Matos, não paga aos trabalhadores como se tinha comprometido”, acusa Rosa Silva, em comunicado enviado à Lusa. Em causa está o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), em vigor desde novembro.

Contactado pela Lusa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, Alípio Matos, afirmou que “a instituição fez as atualizações salariais que entendeu”, escusando-se a tecer mais comentários sobre o teor do comunicado do CESP.

Na nota, a coordenadora do CESP afirmou que o provedor “goza com quem trabalha com uma enorme falta de respeito”, acrescentando que o sindicato “vai dar entrada com uma ação, à semelhança do que já fez com uma trabalhadora, que ganhou a causa”. “Lamentamos a falta de palavra e de respeito pelos seus trabalhadores. Isto só prova que, afinal, a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima tem dinheiro, só não quer pagar o justo salário a quem tem um trabalho duro, física e psicologicamente”, frisa a nota.

A 17 de abril, Rosa Silva referiu que “apenas metade das 10 Misericórdias do distrito de Viana do Castelo” estava, à data, “a pagar valores designados como retroativos que, nem o sindicato, nem os trabalhadores sabem a origem”.

A coordenadora do CESP especificou que, de acordo com o CCT, “as misericórdias teriam de pagar diuturnidades, no valor de 21 euros, de cinco em cinco anos”, garantindo ainda que o sindicato e os trabalhadores não baixarão os braços até que seja aplicado o CCT que foi estendido às IPSS”.