Portugal tem um dos custos per capita mais baixos com cuidados oncológicos da União Europeia (UE). Contudo, as taxas de sobrevivência para os cancros mais comuns são superiores às médias da UE.
A informação é avançada através da análise dos Perfis Nacionais de Cancro 2023 do Registo Europeu de Desigualdades do Cancro. Relativamente a Portugal, o estudo associa parte da discrepância à existência de uma “rede consolidada e centros de referência e à disponibilidade de medicamentos e tratamentos gratuitos”.
O estudo refere que, em Portugal, o custo per capita “foi de 256 euros, um valor 20% inferior à média da UE (326 euros)”. No entanto, “as taxas de sobrevivência ao cancro a cinco anos – um marcador de qualidade dos cuidados – são elevadas para a maioria dos tipos de cancro em Portugal”, pode ler-se. Entre esses estão os casos da leucemia infantil, cancros da próstata, mama, colo do útero, cólon e pulmão, numa análise feita com os dados mais recentes, entre 2010 e 2014.
Os resultados alcançados em Portugal estão associados à melhoria dos cuidados com a doença, “principalmente em termos de deteção precoce e acesso a tratamentos inovadores”, de acordo com a análise feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e pela Comissão Europeia. Por outro lado, o documento refere que a diminuição das taxas de mortalidade por cancro tem sido pequena na última década, sendo esta a segunda causa de morte em Portugal, a seguir às doenças cardiovasculares.
Autor: Redação/Lusa