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Pico da curva epidémica pode ser um pouco depois de 14 de abril

Pico da curva epidémica pode ser um pouco depois de 14 de abril
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Publicado em 24 de março de 2020, às 15:30

Declarações do Presidente da República.

O Presidente da República afirmou hoje que se verifica "uma curva mais moderada" de propagação da covid-19 em Portugal e que o pico "pode ser um pouco depois de dia 14 de abril". Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas após ter participado numa sessão técnica sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, a convite do primeiro-ministro, António Costa, no auditório do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, em Lisboa. Questionado se os especialistas mantêm a previsão de 14 de abril como data para o pico da curva epidemiológica em Portugal, o chefe de Estado ressalvou que "não é possível fazer previsões certas" e comparou a pandemia de covid-19 a "uma mola" que se está a tentar conter com "uma pressão muito firme". "Tem havido, com este pressionar a mola, uma preocupação que é visível nos números: o crescimento ser menos exponencial, menos acentuado do que se esperava. Isto significa naturalmente que a pressão sobre o sistema de saúde é menor, o número de contaminados não tem crescido ao nível que se esperava e o pico pode deslocar-se", expôs. "É uma curva mais moderada, e o tal pico, o tal momento de estabilização, que dura um certo tempo, pode ser um pouco depois de dia 14 de abril", acrescentou. Segundo o Presidente da República, "os portugueses estão a fazer com que a curva não seja a curva de outros países, comparando o número não só de contaminados, mas de internados, e internados em cuidados intensivos, e também de mortos". Interrogado se nesta sessão se falou num aumento do número de testes de diagnóstico, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "tudo foi abordado" e que "foram explicadas as desvantagens de testes universais, a falsa sensação de certeza que podem gerar". O chefe de Estado adiantou que a convicção dos especialistas é de que não haverá uma vacina "até ao fim do ano, e poderá ser até tarde no decurso do próximo ano, o que quer dizer que o inverno vai ser vivido sem vacina".
Autor: Redação/Lusa