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Parlamento cumpre minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Ucrânia

Parlamento cumpre minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Ucrânia
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Publicado em 24 de fevereiro de 2023, às 10:37

O PCP não participou na homenagem, e justificou que é solidário com "o povo ucraniano" e não "com um regime xenófobo, belicista e antidemocrático".

A Assembleia da República cumpriu esta sexta-feira um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra da Ucrânia, no dia em que se assinala um ano desde o início da invasão russa, sem a presença do PCP e do PAN.

No átrio dos Passos Perdidos, pelas 09:00, foi realizado o minuto de silêncio com a presença do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e do encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Lisboa, Volodymyr Kozlov.

Na iniciativa simbólica estiveram presentes deputados de vários partidos, incluindo os líderes parlamentares do PS, Eurico Brilhante Dias, do Chega, Pedro Pinto, da Iniciativa Liberal, Rodrigo Saraiva, a coordenadora e o líder parlamentar do BE, Catarina Martins e Pedro Filipe Soares (respetivamente), do deputado único do Livre, Rui Tavares, do ex-líder parlamentar do PSD e vice presidente da Assembleia da República, Adão Silva, além de membros da Mesa e funcionários do parlamento.

Os deputados do PCP e a deputada única do PAN, Inês de Sousa Real, não estiveram na iniciativa.

Fonte oficial do gabinete de Inês de Sousa justificou à agência Lusa a ausência da deputada com o facto de os trabalhos da comissão eventual para a revisão constitucional terem terminado na quinta-feira já depois das 22:30.

Já fonte oficial do grupo parlamentar do PCP apontou, numa nota enviada à Lusa, que a solidariedade dos comunistas "é com o povo ucraniano e todas as vítimas da guerra e não com um regime xenófobo, belicista e antidemocrático, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e nazi".

Em comunicado divulgado na quinta-feira, o PCP considerou de “particular gravidade” o “posicionamento de submissão” do Governo português perante a “escalada armamentista” na Ucrânia, e defendeu ser premente que “os Estados Unidos, NATO e União Europeia cessem de instigar e alimentar a guerra”.

Na nota, os comunistas consideraram que a “realidade está a demonstrar que sendo apresentada como uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia, esta é, de facto, uma guerra dos Estados Unidos da América (EUA) e da NATO com a Rússia, no quadro da estratégia de domínio hegemónico do imperialismo norte-americano” e que “a Ucrânia e o poder ali instalado são usados como instrumento dessa perigosa ação belicista, à custa do sacrifício do povo ucraniano”.

Para assinalar um ano de guerra, na quinta-feira à noite a fachada da Assembleia da República ficou iluminada com as cores da bandeira da Ucrânia (azul e amarelo) e hoje, pelas 10:00, terá início um debate temático de cerca de duas horas, proposto pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, com intervenções do próprio, do ministro dos Negócios Estrangeiros e dos partidos.

No período de votações haverá um voto de solidariedade com a Ucrânia, proposto pelo presidente do Parlamento, e pelas 14:00 Santos Silva vai participar num colóquio promovido pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Ucrânia.


Autor: Agência Lusa