Em declarações à agência Lusa, a jurista portuguesa sublinhou a importância das medidas preventivas contra a infeção pelo novo coronavírus, mas recordou que nem todos têm acesso ao mais essencial dos bens: a água.
Catarina Albuquerque, que foi a primeira relatora especial das Nações Unidas para a defesa do direito humano à água potável e ao saneamento, referia-se, nomeadamente, aos mais vulneráveis, “os mais pobres, a viver em bairros informais, migrantes, sem-abrigo”.
Resumindo, “a todos a quem temos fechado os olhos como sociedade, fingindo que estas pessoas não existem”.
“Estas pessoas às quais temos negado atenção, são estas a quem temos de prestar atenção, nem que seja por egoísmo. Se queremos estancar o contágio temos de assegurar que estas pessoas têm acesso a água para poder lavar as mãos”, frisou.
A este propósito, recordou que esta prática tão defendida como meio de prevenção pelo novo coronavírus – lavar as mãos – é “um luxo” para 40% da população mundial, ou seja, 3.000 milhões de pessoas.
Autor: Redação/Lusa