“O principal objetivo desta reunião é o de unir todos os esforços para garantir que as possibilidades de pesca de sardinha em 2019 sejam urgentemente ajustadas, tendo em consideração a evolução muito positiva do ‘stock’ de sardinha em 2018 e 2019 e os compromissos assumidos pelos governos de Portugal e de Espanha para procederem à revisão do limite inicial de 10.799 toneladas em função dos dados científicos agora divulgados”, indicou, em comunicado divulgado na sexta-feira, a Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP Cerco).
De acordo com estes dados científicos, citados pela associação, e tendo em conta a regra de exploração que o Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês) considera como a mais adequada para garantir a recuperação e a sustentabilidade do recurso da sardinha, “a quantidade para o ano de 2019 é de 20.438 toneladas", correspondendo cerca de 6.800 toneladas a Espanha e cerca de 13.600 a Portugal.
No entanto, este valor fica a baixo do apontado pela ANOP Cerco no final de julho (22.980 toneladas).
“A urgência desta decisão sobre as possibilidades de pesca em 2019 é reforçada pela interdição de captura de sardinha em todo o Cantábrico e Noroeste da Península, desde o passado dia 16 de julho e as graves consequências económicas e sociais que resultaram daquela decisão, particularmente na Galiza onde a dependência da frota de cerco face à sardinha é mais significativa”, lê-se no documento.
Na reunião, os produtores de sardinha de Espanha e de Portugal vão também pronunciar-se sobre “a recente intenção do governo português em aumentar a possibilidade de pesca em 2019 para 13.500 toneladas, que ainda não obteve o consenso necessário para a sua formalização”.
Autor: Lusa