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OMS preocupada com ritmo de progressão da pandemia na Europa

OMS preocupada com ritmo de progressão da pandemia na Europa
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Publicado em 04 de novembro de 2021, às 11:46

Diretor da OMS alerta que, se a trajetória se mantiver, poderemos ver mais meio milhão de mortes por covid-19 na região europeia até fevereiro.

A Organização Mundial da Saúde avisou hoje que a situação da pandemia de covid-19 na Europa é "muito preocupante" e apontou a cobertura insuficiente de vacinas e o relaxamento de restrições para explicar o aumento de casos nas últimas semanas. "Estamos em outro ponto crítico para a eclosão da pandemia. A Europa está mais uma vez no epicentro da pandemia, onde estávamos há um ano. A diferença, hoje, é que sabemos mais e podemos fazer mais", disse o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa, Hans Kluge, numa conferência de imprensa. “A atual taxa de transmissão nos 53 países da região europeia é muito preocupante (...) se continuarmos nessa trajetória, poderemos ver mais meio milhão de mortes por covid-19 na região até fevereiro”, afirmou. Para a OMS, o aumento de casos é explicado pela combinação da insuficiente cobertura vacinal com o relaxamento das medidas anti-covid. De acordo com os dados da OMS Europa, as hospitalizações ligadas à covid-19 "mais do que duplicaram numa semana". O número de novos casos por dia tem aumentado há quase seis semanas consecutivas na Europa e o número de óbitos por dia aumenta há pouco mais de sete semanas consecutivas, com cerca de 250.000 casos e 3.600 mortes diárias, segundo dados oficiais por país compilados pela Agência France Presse. O aumento atual é sobretudo impulsionado pela Rússia (8.162 mortes nos últimos sete dias), Ucrânia (3.819 mortes) e Roménia (3.100 mortes), de acordo com os mesmos dados. A OMS apelou ainda para o uso contínuo e massivo de máscaras pela população. "As projeções mostram que, se atingirmos uma taxa de uso de máscaras de 95% na Europa e na Ásia Central, poderemos salvar até 188.000 vidas do meio milhão de vidas que corremos o risco de perder até fevereiro de 2022", observou Kluge.
Autor: Redação/Lusa