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Ómicron na lista das 24 palavras mais pesquisadas no dicionário Priberam em 2021

Ómicron na lista das 24 palavras mais pesquisadas no dicionário Priberam em 2021
Fotografia

Publicado em 15 de dezembro de 2021, às 09:56

Marquise, geringonça, calceteiro, demagogia, persecutória, contumaz, indulto são outras das palavras que se destacam.

Comorbilidade, (as)síncrona, obscurantismo e ómicron estão entre as 24 palavras mais pesquisadas no dicionário ‘online’ Priberam em 2021, foi hoje anunciado.

“Entre as 24 palavras que definiram 2021 continuam a ser muitas as que se referem, diretamente ou indiretamente, à pandemia da covid-19, como (as)síncrona, comorbilidade, obscurantismo e, claro, ómicron”, lê-se num comunicado conjunto do Priberam e da agência Lusa, que se uniram pelo quinto ano consecutivo para selecionar as palavras mais pesquisadas no dicionário, e que ilustram o ano que está a terminar.

As 24 palavras, selecionadas entre 200, que, “devido ao elevado número de pesquisas diárias, ganharam destaque na nuvem do Dicionário Priberam ao longo de 2021”, constam a partir de hoje do 'site' https://oanoempalavras.pt, que integra também conteúdos noticiosos da agência Lusa, para contextualização de cada uma das palavras, ilustrando-as com fotografias captadas pelos seus fotojornalistas.

Este ano, “da lista de palavras que, em algum momento, estiveram em destaque na nuvem do Dicionário Priberam, a mais pesquisada foi genocida, motivada por protestos contra o presidente brasileiro” Jair Bolsonaro.

O ‘site’ está estruturado por ordem cronológica, de janeiro a dezembro, e cada palavra permite aceder diretamente ao seu significado no Dicionário Priberam e ao artigo da Lusa sobre o evento que motivou as pesquisas.

“Se, ainda em ano pandémico, já começam, felizmente, a rarear as palavras com ele relacionadas, abundam aquelas que nos sobressaltaram, desde o aneurisma que vitimou Carlos do Carmo, ao suposto mercadejar com o qual o juiz Ivo Rosa qualificou a atividade de José Sócrates, à chacina no Rio e... como não, à vitória dos leões de Alvalade ou ao obscurantismo dos negacionistas”, disse, a propósito da iniciativa, a diretora de Informação da Lusa, Luísa Meireles.

O diretor executivo da Priberam, Carlos Amaral, salienta que “O Ano em Palavras”, “mais do que qualquer termo isolado, ajuda a compreender o que foram os 12 meses anteriores, definido pelos eventos que mais marcaram os utilizadores do dicionário”.

As palavras que ‘definiram’ janeiro, mês em que morreu o fadista Carlos do Carmo, vítima de aneurisma, e em que apoiantes de Donald Trump invadiram o capitólio, foram aneurisma e capitólio.

(As)síncrona e glaciar marcaram fevereiro, mês em que recomeçaram em Portugal as aulas à distância, síncronas e assíncronas, e em que o colapso de um glaciar nos Himalaias provocou vários mortos e desaparecidos.

Em março, quando o ex-presidente brasileiro Lula da Silva voltou a ser elegível e morreu o jogador luso-cubano de andebol Alfredo Quintana, cuja cerimónia decorreu no tanatório de Matosinhos, as palavras em destaque foram elegível e tanatório.

Consorte e mercadejar marcaram o mês de abril, em que morreu Filipe, o príncipe consorte da rainha de Inglaterra Isabel II, e quando foi conhecido o despacho de pronúncia da Operação Marquês, no qual o juiz Ivo Rosa refere indícios de que o ex-primeiro-ministro José Sócrates terá mercadejado com o seu cargo.

Em maio, uma operação policial numa favela do Rio de Janeiro e o facto de o Sporting ter vencido o campeonato português de futebol, ao fim de 19 anos, deram destaque às palavras chacina e leões.

Emaciado e genocida foram as palavras selecionadas em junho, mês em que na TV pública da Coreia do Norte foi transmitido um comentário sobre o aspeto emaciado do líder do país, Kim Jong-un, e em que, num protesto contra Jair Bolsanaro, os manifestantes gritam “Fora, genocida”.

Julho, mês em que a Direção-Geral da Saúde aprovou a vacinação de crianças a adolescentes entre os 11 e 15 anos com comorbilidades e arrancaram os Jogos Olímpicos em Tóquio, fica marcado por comorbilidade e olimpíada.

Obscurantismo e talibã são as palavras escolhidas em agosto, mês em que o coordenador do plano de vacinação, Gouveia e Melo, reagiu a insultos de manifestantes anti-vacinas dizendo que “o obscurantismo no século XXI continua”, e em que os talibãs retomaram o controlo de Cabul.

O velório do antigo Presidente da República Portuguesa Jorge Sampaio e a entrada em erupção do vulcão das Canáras fizeram de câmara-ardente e erupção as palavras em destaque em setembro.

Em outubro, o chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022, na Assembleia da República, e a mudança de nome da empresa Facebook para Meta, colocaram chumbo e meta entre as palavras mais pesquisadas.

Descarbonização e miríade marcaram novembro, com o aumento dos custos de energia a ditar um possível adiamento dos investimentos em descarbonização e a operação policial Miríade, que investiga suspeitas de tráfico de droga, ouro e diamantes, por militares portugueses.

Por fim, dezembro, fica marcado por ómicron, a nova variante do coronavírus que provoca a covid-19, e extradição, do ex-banqueiro João Rendeiro, pedida por Portugal à África do Sul.

Este ano, destacaram-se ainda, nas pesquisas, palavras como marquise, geringonça, calceteiro, demagogia, persecutória, contumaz, indulto, sibilino, ‘offshore’, pansexual, prequela e resiliência.


Autor: Redação/Lusa