As exceções são o ISCTE-IUL, a Universidade de Évora, a Universidade Católica e o Instituto Politécnico do Cávado e Ave.Estas diferenças não encontram reflexo no número de docentes do ensino superior, que é quase paritário entre ambos os sexos: 45% são mulheres e 55% são homens, segundo dados de 2017. Apesar de o número de docentes no ensino superior português ser quase igual entre ambos os sexos, apenas um em cada quatro professores catedráticos é do sexo feminino. A prevalência dos homens também é marcante na categoria de professores associados, já que apenas um em cada três é mulher. As desigualdades não são um problema exclusivo de Portugal. Em toda a Europa há mais mulheres doutoradas do que homens e eles continuam a ocupar a maioria dos lugares de maior estatuto académico. Um pouco por toda a Europa continua a verificar-se uma sub-representação feminina na categoria de topo da carreira académica, na chefia das instituições de ensino superior e na profissão da investigação. Depois de identificadas as desigualdades de género nas instituições de ensino superior, o ISCTE aderiu a uma ‘Carta de Princípios para a Igualdade no Ensino Superior’ elaborada pelo SAGE, que cobre aspetos que estão ligados às políticas de igualdade no acesso a lugares de decisão. As oportunidades de progressão e os valores salariais, assim como o défice de conhecimento das desigualdades de género que o ensino superior tende a reproduzir são outros dos pontos focados na Carta de Princípios.
Autor: Redação / NC