De acordo com o relatório semanal da DGS, todas as regiões de Portugal continental e a região autónoma da Madeira reportaram casos de infeção humana pelo vírus VMPX, mas a grande maioria (84,3%) foi confirmada em Lisboa e Vale do Tejo. O Norte é a segunda região do país com mais casos de Monkeypox (36), seguindo-se o Centro (seis), o Alentejo (quatro), o Algarve (três) e a Madeira (dois).
Segundo a autoridade de saúde, no universo de 343 casos reportados no Sistema de Vigilância Epidemiológica, a idade das pessoas infetadas varia entre 19 e 61 anos, com predominância de casos no grupo etário entre 30 e 39 anos. A grande maioria das infeções reportadas (99,7%) são em homens, com um caso notificado de uma mulher, no “contexto de um eventual contacto com um caso confirmado”.
De acordo com o boletim divulgado esta sexta-feira, até quarta-feira foram reportados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) e pela delegação da Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS) 8 238 casos, em 35 países da região europeia. Segundo estes dados, Portugal é o sexto país europeu com mais casos de infeção, atrás da Espanha, Reino Unido, Alemanha, França e Países Baixos.
Portugal recebeu 2 700 doses de vacina contra a infeção humana por vírus Monkeypox, doadas pela Comissão Europeia através da HERA (Autoridade de Preparação e Resposta Sanitária). A DGS publicou esta terça-feira uma norma em que recomenda que a vacina seja administrada após contacto próximo com casos confirmados, "uma vez que pode prevenir ou atenuar as manifestações clínicas da infeção humana por vírus Monkeypox". No entanto, a autoridade assegura que está “atenta à elaboração e publicação de documentos orientadores e recomendações, adaptando as medidas à realidade portuguesa quando pertinente, incluindo a implementação de vacinação para contactos próximos de casos notificados”.
Autor: Redação/Lusa