Foram confirmados mais oito casos de infeção pelo vírus Monkeypox em Portugal nas últimas 24 horas, segundo o último balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS). O número de doentes confirmados no país sobe assim para os 373.
A DGS adianta que a maioria dos casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, que se mantêm "em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis”. A maioria das infeções confirmadas até à data pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) foram notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, mas já existem casos nas regiões Norte, Centro, Alentejo e Algarve.
A autoridade da saúde recorda que os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço e aumento dos gânglios linfáticos, com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas. As lesões cutâneas geralmente começam entre um a três dias após o início da febre e podem ser planas ou ligeiramente elevadas, com líquido claro ou amarelado, e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem. O número de lesões numa pessoa pode variar, com tendência a aparecer na cara, mas podendo alastrar-se para o resto do corpo e mesmo atingir as palmas das mãos e plantas dos pés. Também podem ser encontradas na boca, órgãos genitais e olhos.
Estes sintomas geralmente duram entre duas a quatro semanas e desaparecem por si só, sem tratamento. Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas, alerta o documento sobre a doença publicado no site da DGS.
O mesmo relatório aconselha a quem tenha sintomas que possam ser causados por vírus Monkeypox para procurar os cuidados de saúde. “Além disso, caso tenha tido contacto próximo com alguém com a infeção ou suspeita de infeção, informe os profissionais de saúde”, refere.
Portugal deverá receber as primeiras doses de vacinas contra a doença entre julho e agosto. A Autoridade de Preparação e Resposta Sanitária (HERA, no acrónimo inglês) da Comissão Europeia já se encontra a realizar a distribuição das vacinas por todos os Estados-membros, começando pela Espanha, que recebe esta terça-feira a primeira entrega de 5 300 doses.
Autor: Redação/Lusa