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Melhor tese europeia em relações públicas é de investigador da UMinho

Melhor tese europeia em relações públicas é de investigador da UMinho
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Publicado em 04 de outubro de 2019, às 23:00

Evandro Oliveira apresentou uma teoria para ajudar as ONGs a comunicar a todos os níveis.

Evandro Oliveira, investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho, venceu o prémio europeu para a melhor tese de doutoramento na área das relações públicas, com uma teoria independente sobre comunicação e sociedade civil. Evandro Oliveira foi distinguido em Zagreb, na Croácia, durante o 21º Congresso da Associação Europeia de Educação e Investigação em Relações Públicas, que atribuiu o galardão em parceria com a Associação de Relações Públicas e Comunicação e com a Organização Internacional de Consultoria em Comunicações.
O prémio bianual visa honrar a excelência da investigação na área e estimular a discussão académica e os conhecimentos neste âmbito.
A tese distinguida, “Comunicação estratégica: a teoria instigatória da comunicação de organizações não governamentais” (ONGs), foi defendida na UMinho e na Universidade de Leipzig (Alemanha), sendo escolhida por unanimidade pelo júri, presidido por Günter Bentele, primeiro catedrático em relações públicas da Europa. O júri destacou “a teoria independente e nova” apresentada no trabalho e o seu elevado nível em termos de “complexidade e adequação da teoria subjacente, estudos empíricos sofisticados, orientação e adequação à prática”. “Este reconhecimento internacional mostra a qualidade das investigações do CECS e da UMinho, dá visibilidade à produção cientifica nacional e abre caminho a futuros projetos”, congratula-se Evandro Oliveira.
“Por norma, premeia-se estudos ligados a empresas ou mais quantitativos e funcionalistas. O meu trabalho foi arriscado por ter uma parte teórica e ao mesmo tempo trazer modelos aplicáveis à prática”, diz.
A tese é “a primeira teoria mundial que ajuda as ONGs a planificar e a comunicar a todos os níveis para cumprirem o seu propósito”. Chamada teoria instigatória, propõe um modelo conceptual aplicado à gestão de comunicação e um modelo operacional cibernético adaptado a especificidades, diferenças, práticas e dinâmicas dessas organizações. Os modelos foram testados de forma mista, com pesquisa quantitativa em ONGs internacionais de direitos humanos e com entrevistas a peritos com mais de vinte anos de experiência no setor.  
Autor: Redação / NC