«Os distritos mais afetados são Lisboa com 174 ocorrências, seguido de Setúbal com 129», disse à Lusa o comandante Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). No entanto, segundo o comandante, as ocorrências «não são de gravidade elevada». «Muito deste número está relacionado com o restabelecimento das condições das áreas afetadas [pelas chuvas de terça-feira]», indicou. Segundo Elísio Pereira, as autoridades ainda se mantêm empenhadas nas limpezas.
A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de três mil ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém. No total, há registo de 83 desalojados, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o mau tempo levou também ao corte e condicionamento de estradas e linhas ferroviárias, que têm vindo a ser restabelecidas.
Segundo a ANEPC, estão «cinco planos municipais de emergência ativos», quatro no distrito de Portalegre e um em Santarém, mantendo-se em estado de alerta amarelo os planos especiais de emergência para as bacias dos rios Tejo e Douro devido ao risco de cheias.
Esta quarta-feira, a partir das 14h00, a Proteção Civil reduziu o nível de alerta de laranja para amarelo em todos os distritos de Portugal continental devido ao desagravamento das condições meteorológicas, mas alertou que poderiam ainda ocorrer «situações pontuais de inundação». A Proteção Civil estava em nível laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) para todo o dispositivo desde terça-feira. O alerta amarelo (o terceiro da escala) significa um grau de gravidade moderado, existindo a possibilidade de ocorrência de fenómenos que, não sendo invulgares, podem representar um dano potencial para pessoas e bens.
Autor: Redação/Lusa