Quase 300 migrantes, entre os quais três bebés, foram resgatados pela Marinha Portuguesa na quinta-feira, quando seguiam em direção à ilha de Lampedusa, Itália, em três embarcações sobrelotadas e sem coletes salva-vidas, foi hoje anunciado.
Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas explica que as três operações de resgate, que permitiram salvar 296 migrantes irregulares, foram realizadas pela fragata “D. Francisco de Almeida”, em coordenação com outros meios marítimos da Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira FRONTEX.
“As 296 pessoas receberam os primeiros socorros e foram alimentadas pelos militares portugueses”, relatou a Marinha, acrescentando que os migrantes se declararam maioritariamente como tunisinos e alguns como elementos de outros países como Costa do Marfim, Marrocos, Líbia, Argélia, Mali, Palestina e Camarões.
“Todos os migrantes foram entregues hoje pelas 09:00 (hora de Portugal continental) às autoridades italianas no porto Pozzallo”, adianta.
A Marinha portuguesa participa na operação THEMIS, no Mediterrâneo central, até ao próximo dia 5 de junho de 2018, em apoio à FRONTEX.
Esta missão tem como objetivo controlar a rota de migração irregular em direção às fronteiras externas da União Europeia e apoiar o combate ao tráfico de seres humanos e às redes criminosas transnacionais no Mediterrâneo central, bem como realizar operações de busca e salvamento em massa, “para que se evite a perda de mais vidas humanas nesta área do Mediterrâneo”, recorda.
A bordo da fragata da Marinha “D. Francisco de Almeida” encontram-se também dois inspetores portugueses do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e elementos das autoridades italianas, da “Guardia di Finanza” e “Guardia Costiera”.
Segundo dados estatísticos da agência europeia FRONTEX, durante o corrente ano foram resgatados do mar 11.000 migrantes que tentavam alcançar a Europa a partir da costa Norte de África.
Desde o dia 26 de março, a fragata da Marinha portuguesa “D. Francisco de Almeida” já resgatou o total de 801 migrantes, maioritariamente da Tunísia e da Costa do Marfim.
Autor: Lusa