twitter

Marcelo pede que se mantenha respeito pela contenção no período da Páscoa

Marcelo pede que se mantenha respeito pela contenção no período da Páscoa
Fotografia

Publicado em 28 de março de 2020, às 13:20

Marcelo Rebelo de Sousa realça que «é uma tarefa coletiva que Portugal está a vencer»

O Presidente da República pediu hoje aos portugueses que, no período da Páscoa, continuem a respeitar as normas de contenção para combate ao surto de covid-19, considerando que é uma tarefa coletiva que "Portugal está a vencer".

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas após ter visitado a fábrica da farmacêutica Hovione, em Loures, acompanhado pelo ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelo presidente deste município, Bernardino Soares.

No final da visita, perante os jornalistas, o Presidente da República deixou um pedido sobretudo aos cidadãos que não estão a trabalhar, numa altura em que se iniciam as férias da Páscoa.

"Agora que se aproxima o período da Páscoa, os que não estão a trabalhar e não têm de trabalhar, respeitem o apelo de contenção. É um apelo coletivo. No fundo, estamos perante uma tarefa coletiva, que estamos a viver, que estamos a vencer, porque a adesão dos portugueses é massiva, mas tem de continuar", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O domingo de Páscoa calha este ano a 12 de abril e, de acordo com o calendário escolar 2019/20, as férias da Páscoa decorrem entre 30 de março e 13 de abril.

O Presidente da República salientou a tese de que o combate ao surto de covid-19 requer "um esforço continuo".

"Isso implica que nós, no dia seguinte, não podemos perder aquilo que ganhámos na véspera ou na semana anterior. Estamos a ganhar o achatamento da curva, mas não podemos perder", disse, numa alusão à evolução do número de infetados em Portugal ao longo da última semana.

Questionado se o Governo deverá apertar as regras do estado de emergência, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, "numa afirmação democrática de autoridade", enunciou a preocupação de acompanhamento e controlo "no sentido de que não se trata de uma determinação ocasional" do executivo.

"Quando o Governo faz esses apelos ou toma essas decisões, é com base naquilo que os epidemiologistas dizem. Quando os especialistas pedem atenção à mobilidade num período tão longo como o da Páscoa, é para que não se comprometa um esforço que está a correr bem. Os portugueses têm de compreender isso", insistiu.

Com esta visita a uma indústria do setor farmacêutico, o chefe de Estado disse que também pretendeu mostrar que "há portugueses que estão a trabalhar ao sábado e ao domingo" e, por outro lado, que a Hovione se encontra em laboração contínua na produção de medicamentos (parte para exportação) e de gel desinfetante.

"A economia mais a saúde não podem parar. Aqui estão muitos trabalhadores a trabalhar por Portugal", acrescentou.

Portugal regista hoje 100 mortes associadas à covid-19, mais 24 do que na sexta-feira, enquanto o número de infetados subiu 902, para 5.170, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (44), seguida da região Centro (28), da região de Lisboa e Vale do Tejo (27) e do Algarve (1).


Autor: Redação Lusa