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Mais de 4.500 médicos responderam ao apelo para reforçar SNS

Mais de 4.500 médicos responderam ao apelo para reforçar SNS
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Publicado em 27 de março de 2020, às 11:30

O bastonário reforça a urgência de todos os profissionais de saúde, e outros profissionais que também estão na linha da frente do combate à covid-19, tenham acesso a equipamentos de proteção adequados.

Mais de 4.500 médicos responderam ao apelo do bastonário da ordem para reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante a pandemia de covid-19, anunciou a Ordem dos Médicos (OM). Numa nota enviada às redações, o bastonário da OM, Miguel Guimarães, diz que a listagem de médicos para reforçar os cuidados de saúde tem vindo a ser partilhada com o Ministério da Saúde e pede que os serviços se organizem para permitir mais equilíbrio entre os períodos de trabalho e descanso dos médicos. “É urgente que estes médicos, que prontamente responderam a este apelo humanista e solidário, tenham uma resposta e que se organizem os serviços a contar também com o seu apoio, permitindo um melhor equilíbrio entre períodos de trabalho e descanso”, sublinha. Na nota, o bastonário lembra que tinha escrito aos médicos, pedindo, especialmente aos que saíram do SNS ou se reformaram, que considerassem a hipótese de fazerem mais horas, ou de regressarem para colaborar “no âmbito das suas competências e conhecimentos ou no apoio direto à covid-19”. “Recebemos mais de 4.500 respostas positivas de médicos disponíveis para ajudar o nosso país numa altura de emergência de saúde pública internacional. Os médicos sempre estiveram ao lado dos doentes em momentos muito difíceis e jamais o deixariam de fazer perante uma pandemia que está a apresentar um desafio imenso para todos os países”, afirma. Miguel Guimarães agradece a solidariedade dos médicos, sublinhando que “não é fácil estar no terreno em alturas de grande incerteza” e em que se arrisca a própria vida, deixando as famílias para trás. O bastonário reforça a urgência de todos os profissionais de saúde, e outros profissionais que também estão na linha da frente do combate à covid-19, tenham acesso a equipamentos de proteção adequados. Na carta que tinha enviado aos médicos, Miguel Guimarães recordava que o novo coronavírus é uma pressão acrescida num SNS “alvo de grande desinvestimento ao longo dos últimos anos”. “Ser médico é estar na linha da frente nos momentos difíceis e tentar influenciar favoravelmente o rumo dos graves problemas que assolam a nossa população, com espírito de solidariedade e grande sentido humanista para com a nossa sociedade e, acima de tudo e sempre, para com os nossos doentes”, lembrava o bastonário.
Autor: Redação/Lusa